Quem é que foi, finalmente, convencida a criar uma página de facebook deste poiso.
"Tens de ser moderna, Cátia.", disse a minha mãe enquanto pintava o cabelo de cor-de-rosa na banheira.
E eu acedi.
Abriu no final da semana passada e já somos 210. (Eu avisei-vos que tinha uma família grande)
E, no fundo, foi só subornar com 210 Epás e a malta alinhou toda. Mas daqueles com a pastilha rija, não é daqueles com a pastilha toda mole que se desfaz toda.
/ Só vos pedia para limparem os pés antes de entrar, sff.
Para aqueles que se estão a questionar, "Aquilo ali é um rabo?". Sim, é.
Ou de onde é que acham que os likes aparecem? Não é só a falar da Reforma do Estado nem da petição Contra a Extinção do Teatro A Barraca, concerteza.
O festival mais alcoólico-festivo de Lisboa, ou o festival de anedotas do whisky da perdiz, segundo o meu pai.
Whisky e risadas. Exactamente por esta ordem.
Pois que eu também fui a uma sessão deste evento.
Compareci no #140c, o primeiro campeonato de humor no twitter organizado pelos visionários João Quadros e pelo Salvador Martinha. "Mas porquê 140c?" perguntam vocês e as pessoas que, inclusivamente, pagaram bilhete e não sabia para o que iam. "Pesquisem no google, não sejam infoexcluídos", respondo eu.
Bom, quando tomei conhecimento desta situação pensei cá pra mim "Epá, eu até sou um grande fartote e até sou túiteira..vou-me alistar nisso! E também são 8€ que iriam provavelmente ser gastos em gin tónicos no cais do sodré"
Fui.
Os MC's davam temas e, em dois minutos, o auditório fazia piadas no twitter sobre o tema. Os 10 melhores iam à semi-final e dos 10, 5 iam à meia-final em que só um ganharia. Pronto. É isto. O único problema é haviam lá pessoas que só tinham ouvido falar do twitter pela televisão.
Foi um evento experimental, mas que valeu bem a pena. Muito boa gente que conheci por lá. Espero que se repita para o ano e, desta vez, com um pónei de prémio.
E graças a isto confirmaram-se coisas que há muito que se suspeitava..
1º que sou um valente fartote. Consegui ser o único ser feminino a chegar ao top5 com piadas sobre o Cláudio Ramos, Sónias Brazões e afins. (Obrigada a eles por existirem. Nunca mudem.) Mas no entanto, não a pessoa do pódio com as maiores mamas.
2º que afinal até gosto de whisky
e 3º que os meus pais nunca me vão exibir aos amigos deles.
Isto que vem às vezes, que aparece para me visitar de vez em quando, acabou de me bater à porta do peito.
Tremo.
E onde faziam 38º graus, começam agora a fazer muitos graus negativos.
Falta-me o ar de tão pesado que o sinto. O peito oscila mais rápido, e mais fundo. Não consigo respirar, o oxigénio não entra. O coração bate muito, vai acelerado, e não sinto pinga de sangue.
Estou mareada. Aos poucos. Um bocado mais.
E o que é que se passa com os meus braços? Como é que a pele enfraqueceu tanto? Que folha de papel tão fina! A partir daqui sei que já não posso fazer muita força na caneta.
Estou um alvo demasiado fácil. E não tem piada. Só medo.
E sem nada à volta para me cobrir. Estou só eu.
O pelotão da frente, visto daqui, é bastante pequeno.
À minha frente, só espelhos.
- Olá, estava à tua espera.
Hoje a "Gorda do dia" é sobre um blogue.
Sim, porque a minha experiência como assessora diz-me que blogue também é meio, e que deve ser tratado com a mesma consideração, atenção e respeito que damos aos meios de comunicação tradicionais.
Mas, na minha vida, há sempre uma excepção..e essa excepção é a Ana Garcia Martins aka A Pipoca mais doce.
Não tenho nada contra bloggers de moda, só mesmo contra pipocas doces..porque prefiro as salgadas.
Nunca tive nada contra as Pepas da Samsung. Aliás, prova disso é que até perdi 10 minutos do meu dia ao fazer um vídeo para implorar que deixassem a querida Pepa em paz.
O que me irrita não é falarem com a boca ao lado, num timbre estilo peanuts, as malas Chanel e tudo aquilo que vão recebendo de borla por serem uma referência, no que toca às cores dos vernizes que usam, e por terem respostas às questões mais urgentes da humanidade: se realmente usar sabrinas é cool ou não.
Tudo bem, é um negócio como outro qualquer, só que com menos facturas. Eu aceito isso.
Aliás, sei o que poderão estar pensar, "tens é inveja..porque não há nenhuma marca que te queira oferecer maquilhagem e que queira fazer "concursos" no teu blogue"
É verdade.
Embora devessem, porque faço noitadas dia sim dia não e corrector de olheiras é coisa que uso bastante.
E, no fundo, porque também gostava que, volta e meia, me oferecessem convites para festas giras.
Quem me conhece sabe o quanto gosto de comer à borla!
Bom, de qualquer forma..não me entendam mal, eu respeito mesmo os bloguers de moda..pensei até em criar um, mas se é para receber coisas prefiro considerar abrir um blogue de viagens.
A Pipoca é aquele caso que me intriga. Um blogue que virou uma loja. É verdadeiramente extraordinário.
O problema é a ignorância do ser humano. É sempre, verdade?
E esta Ana Garcia, que de doce nada tem..perde várias ocasiões para estar calada.
Pois que aconteceram os Óscares, calculo que seja altura mais agitada na vida de um blogger de moda..ficar acordado para ver cabelos e vestidos e picar comentários que os outros fazem aos mesmos, não deve ser fácil.
É aqui que surge o motivo do meu post.
Eis que a pipoca mais doce decide, no alto da sua moralidade, comentar a vestimenta de uma moça portuguesa que andava lá pelos óscares.
Como viram, uma análise profissional e rigorosa sobre a arte de bem vestir.
O que esta artista do estilo não quis saber foi quem era a Sofia Alves, "O quê? uma portuguesa nos óscares que não é nem a Daniela Ruah nem o Joaquim de Almeida de peruca?"
É isto que pensaria o cidadão comum.
A dona Ana não. A dona Ana, sabe de tudo. É que mesmo não a conhecendo, sabia muito bem que aquela saia era da Pimkie e que o irmão da menina rouba carros à noite.
Pipoca mais azeda, eu apresento-lhe a Sofia Alves.
Mas quando soube o que é que a menina, expert em digital e em combinar riscas com bolinhas, fez?
Assumiu o lapso? Pediu desculpa por se ter sido incoveniente e ignorante?
Claro que não!
A dona Ana fez só isto:
Um grande beijinho Ana.
E, como sei que está habituada a receber coisas...dê-me lá a sua morada para lhe poder enviar isto.
Portanto, a Terra Nostra lançou um concurso mesmo mesmo super divertido que nos vai envolver a todos.
Houve Press Realease.
Houve notícia.
O impossível vai ser não querer fazer parte desta acção tão original.
ironia
(latim ironia, -ae, do grego eironeía, -as, dissimulação, ignorância)
Portanto, hoje a frase do dia é "Desde que pequenino que vejo o Super Bowl".
Tudo de olheiras e papos nos olhos, acusando uma noite de fanatismo colectivo por futebol americano.
Não sabia que haviam tantos fãs.
Aliás, aposto que a maioria nem sequer sabia que o era.
Para mim, o Super Bowl são anúncios e concertos de cantoras com a mama de fora.
Se o desejo para um cantor português é encher o pavilhão atlântico, para um publicitário é fazer 30 segundos de um intervalo da Super Bowl.
É uma grande excitação e muita inveja da boa.
Quis escolher o meu anúncio favorito mas foi como escolher entre o pai e a mãe.
Por isso, cá estão os meus dois filmes favoritos.
Curiosamente os dois da Dodge.
Here they are:
Quem escolhe a matéria-prima da comunicação para trabalhar, fá-lo com ingenuidade.
Penso que os meus pais sempre souberam, antes de mim própria, as escolhas que fiz até hoje.
Com 7 anos servia às mesas no restaurante dos meus pais. Por cada birra que me atrevia a fazer à frente dos clientes, ouvia sempre o mesmo do meu pai, que é das pessoas mais inteligentes que conheço, "Estes são os nossos patrões. São eles que nos pagam." Lidei com pessoas, ganhei grande apetência para aturar bêbados, sei tirar uma imperial perfeita e sou uma fada da cozinha. Mas o que mais prazer me dava, era escrever os menús do dia e os papelinhos das promoções com a letra toda redondinha que vinha a aprender na escola. Eram autênticos pregões de incentivo ao consumo de cafeína e nicotina por uma miúda de 7 anos.
Nas academias, encontrei o meu grande interesse na disciplina de História. Aprendi que o conhecimento basilar, que se adquire quando se olha para trás, é uma arma poderosíssima.
Na altura de escolher uma área de conhecimento, estive quase a atirar-me de cabeça para arqueologia e à beirinha do Conservatório de Teatro. Mas o ruído social pressiona e irrita a tal ponto que acaba por escolher por ti o caminho do "trabalho quase quase quase garantido".
Um curso de Publicidade, Marketing e Relações Públicas parece à primeira vista uma ratoeira, daquelas que costumávamos sentir quando nos ligavam para casa à hora de jantar a dizer que tínhamos ganho um catamarã. A esmola é demais. Mas o pobre, no fundo, não desconfia assim tanto porque a ideia de ser "Doutor" de muitas coisas é tentador o suficiente. Um curso, que me custa a classifica-lo como superior, custou aos meus pais milhares de euros.
O Marketing e as Relações Públicas ainda se entende. Agora Publicidade?! 3 anos para formar especialistas em todas estas áreas? Como se fazer Publicidade da boa dependesse de um curso? Não se aprende num curso ponto. Mas isto só se percebe muitos euros depois.
Com 18 anos podes votar. Com 18 anos podes ser preso. Com 18 anos tens de escolher um curso. E há quem queira ser publicitário. E há ofertas de cursos para isto. É muita areia para um camião de uma pessoa que nem encartada é.
Mas a verdade é que não há quem denuncie isto. Não há ninguém que nos informe da realidade das coisas. Não houve.
E pagamos caro pela escolha. Seja com a entrada no mercado de trabalho, seja com mestrados em Universidades conceituadas para compensar o erro anterior.
Eu estou agora a trabalhar em Publicidade, não pelas aulas de teoria da Publicidade mas porque sempre gostei de escrever. A paixão veio dos tais pregões que escrevia para o café dos meus pais. Pelas conversas com bêbados. Por gostar de ouvir histórias. Por gostar de contar histórias. Por gostar de narrativas. Por já ter noção da força que estas mensagens podem ter. Por gostar de escrever. Por ser viciada em informação. Por ter sempre opinião mesmo que não ma peçam e mesmo que às vezes nem a diga em voz alta.
"Ninguém está nisto para ganhar dinheiro." Dizem-me isso muitas vezes. Além de ser uma afirmação que não faço questão que o meu pai a oiça, não sei se é beeeem assim. Todos queremos pagar as nossas contas..estamos nisto para que um dia ganhemos o suficiente para nos sustentar, e geralmente vertemos litros de suor para que aconteça antes dos 35, como Directores Criativos no caso. Mais tarde do que isso é melhor que tenhamos um plano B na algibeira.
Quando começamos, entramos num ritual dantesco de pagarmos para trabalhar. É arrastarmo-nos, com o nosso próprio computador portátil e o nosso cérebro tenrinho, para as agências da moda.
Acho que o que nos atrai é uma de duas coisas: ou é podermos usar um adjectivo espectacular como profissão e sermos por isso estupidamente populares, ou é acreditarmos que podemos marcar este mundo com o que gostamos tanto de fazer. Eu cá prefiro o país, e o mundo como consequência - mas isto são outros planos que tenho cá dentro.
Eu sou copywriter. Não. Eu estou a ser copywriter. Absorvo. Escrevo. Crio. Umas vezes como copywriter criativa, outros como copywriter frustrada, outros como copy-que-não-faz-ideia-do-que-está-a-fazer.
É uma função pouco profissional no sentido laboral da palavra. É uma questão de lógica: se fazemos uma coisa constantemente e não nos pagam por isso, então é hobby. E como as agências da moda não retêm talento e saltamos de estágio em estágio..não há auto-confiança que aguente. Mas diga-me, o sector está débil como justificam ou está morto? Convém esclarecermos isto e passar já a certidão de óbito, se for o caso.
Não percebo como é que oiço dizer, dos altos dos Olimpos, que não são nada mais do que os openspaces coloridos:"Esta miudagem não se esforça!" É aqui que vomito um dicionário de palavrões em vários idiomas. Nós estamos aqui para ajudar a bombear a máquina para que não pare bolas!
São estas pessoas, que vivem nos Olimpos, com agências da moda e ténis fluorescentes, que sodomizam o futuro da comunicação em Portugal. Qual é o valor da criatividade em Portugal sendo ela borleada e muitas vezes vinda de fontes precárias? Se não a defenderem, defendendo quem a produz, como querem que seja respeitada? É uma questão de dignidade. Não entendo.
Pessoas dos Olimpos, vocês podem fazer diferente. Não é só postarem vídeos do Steve Jobs que isso é como ser católico mas não ser praticante.
Mas, dentro destas coisas todas que ainda não entendo, o que mais me assustou foi perceber que o que realmente é esta função de copywriting hoje em dia. O seu significado actual é: Bípede. Acéfalo ou não, que também poderá ou não saber escrever. Cultura não é obrigatória. Mamífero que não sabe mexer com ferramentas de design. Somos copys porque, aparentemente, nos faltam conhecimentos.
"Ora bem, sejam bem-vindos à agência anarco-capitalista! Meta o dedo no ar quem sabe mexer com as ferramentas tais como, photoshop, illustrator e inDesign. Ok, podem baixar os braços. Vocês são Directores de Arte. Os restantes são Copywriters. Não se esqueçam de, à saída, agradecer pelo favor que vos estamos a fazer tá bom? " E é assim. E depois, sentam-se nos seus Olimpos enquanto bafejam os prémios e os limpam com a manga da camisa, onde vão comentando a má comunicação que se faz hoje em dia. Pois. Pudera.
E como se não bastasse, trabalhamos com Directores de Arte, os tais que meteram o dedo no ar, que nos vêem como monos. Directores. De Arte. E nós somos copys. É como o Cyrano de Bergerac. O Cristiano é o Director de Arte e nós o Cyrano da tragédia.
Isto é o que eu vejo daqui de baixo.
Existem campanhas que estão bem feitas.
E quando estão é preciso dizê-las..não é só falar mal.
A campanha #kobesystem da Nike está um mimo e com um sentido de humor maravilhoso.
Atenção, só os endorsers disto dão vontade de chorar.
Vamos ver? Vamos, porque se segunda-feira fosse uma novela da TVI o intervalo era a melhor coisas que nos podia acontecer.
Não, não vou falar dos Golden Globes.
Nesses não houve grandes surpresas embora estivesse à espera que o Ricky Gervais partisse aquela baixela da Vista Alegre que esteve ontem Berverly Hilton.
Bom,
mas não foi isso que aqui me trouxe.
Não é que fui informada que o meu blogue, aka www do sapo com cenas, está nomeado para um prémio e eu até agora não sabia?
Diz que o blog aventar apresentou a sua shortlist e que eu apareço na categoria de comunicação e media.
Bonito.
Já liguei à minha mãe a informa-la.
Perguntou-me o que era um blogue.
A única razão que explica esta nomeação deve ser a minha espectacular foto de perfil. Ninguém resiste.
Aposto que se houvesse a categoria das fotos de perfil mais espectaculares de sempre eu ganhava.
Agora como é de comunicação e media..estar na mesma lista de blogues como o PiaR, Lugares Comuns, etc,. que tanto respeito e estimo é daquelas honras de tirar o chapéu.
Mas agora a sério, se gostam do que escrevo, ou melhor, do pouco que ultimamente escrevo..convidem-me para um convívio que é igual.
O café fica por vossa conta.
Então isto agora funciona assim:
Estão a ver aqueles concursos online em que, para votar, temos de fazer like em 2932983 páginas, dar o nome, idade, alergias, tipo de sangue e endereços de email para nos invadirem a privacidade com coisas parvas e chatas?
Não tem nada a ver.
É só mesmo um clique.
Há blogues supimpas e que, numa altura em que se diz que a blogosfera está a perder força, merecem a vossa visita pois são como portas abertas para o conhecimento e/ou entretenimento.
E quem sabe, não descobrem o amor da vossa vida.
Não, isso já não prometo porque vocês podem ser mesmo muito feios.
Eu já votei nos meus favoritos.
Não. Não votei em mim própria..só nas eleições de delegada de turma do 6º ano.
Ganhei e fui a pior delegada de turma de sempre.
Aborrecia-me a responsabilidade de tirar fotocópias para a turma inteira.
Vou só ali pedir aos Storytailors ou ao Nuno Baltazar que me façam uns modelitos para a Gala e treinar ao espelho a minha cara mais feliz por ter perdido.
(Staying Alive)
Pronto.
Ressuscitei. Numa altura em que saem estudos sobre o principio do fim da blogosfera.
Morri em Lisboa..e acordei em Madrid. Sort of speak.
Emigrei. Já que os meus governantes me andavam a chatear toda a santa semana para me ir embora..pois que é como diz o ditado "quem está mal muda-se" e, sinceramente, já estava farta de os ouvir.
Com o pouco dinheiro que ainda tinha no bolso, marquei viagem para Espanha, que embora sabendo do contexto financeiro/económico, continuam a ser as viagens mais baratas a partir de Lisboa pela eDreams.
Fui para Barcelona, porque havia um confortável sofá de um amigo de um amigo de um amigo à minha espera.
Peguei na mochila e fui. Moradas de agências e um mapa na mão.
Tocar às campainhas e sempre a mesma apresentação: Olá. Sou a Cátia. De Lisboa. Posso falar com o Director Criativo cá do sítio?
Todas me abriram a porta. Recebi feedback de portfólio. Propostas concretas = 0.
Mas fiquei feliz à mesma. Por mim. Com alguma ginástica consegui dar-me palmadinhas nas costas.
Cheguei a Portugal com a sensação de missão cumprida. A partir de agora ninguém me pára.
"Fixe, fixe era a Lola!" pensei eu.. ok, bora lá tentar. Qual é o pior que me pode acontecer?
Exacto, foi o que pensei.
A verdade é que passaram semanas até obter alguma colheita do que semeei.
E recebi propostas de vários lados.
Mas optei por abrir a minha porta dourada em Madrid.
Arrisquei, porque no início tinha pinta..e quando cá aterrei é que percebi que isto agora é a sério. É real.
Não conheço praticamente ninguém. Não tinha casa sequer. Só motivação e no peito e o cérebro na mão.
Se fiz bem ou mal, não sei.
Sei que se não tomasse uma decisão tão séria como esta..não me lapidava como eu sei que poderei fazer.
“Solo se obtienen cosas nuevas cuando se hacen cosas nuevas. Buena Suerte es crear circunstancias… La Buena Suerte solamente depende de TI. Si ahora no tienes Buena Suerte tal vez sea porque las circunstancias son las de siempre.” Álex Rovira
Ter 24 anos é uma merda. Desculpem começar desta maneira mas é mesmo isto que me está a incomodar.
As crises de humor, os dramas existenciais. a frustração pelo que é, mas que nos irrita especialmente, porque se calhar devia ser de outra maneira embora não saibamos se é necessariamente melhor, mas que por ter 24 anos se torna a coisa mais grave e urgente do mundo. Somos novos para umas coisas e já passámos do prazo para outras. Preocupa-nos mais a velhice…começamos a odiar esta palavra também.
Ter 24 anos é uma merda. Sei que também me queixei de ter 23, mas 23 é uma idade que tem um estilo de número simpático…mas que só percebes isso quando os 24 te batem à porta com um bolo de pão-de-ló do supermercado com uma hóstia a dizer 'parabéns'. Já nem sequer tem o nosso nome escrito a chocolate. Facto.
Tenho quase 25 anos. Vivo os 24 como se estivesse numa sala de espera para uma operação ao apêndice. Não faz a mínima diferença mas a verdade é que a ansiedade e preocupação tiram-nos anos de vida. É começar a pensar nos próximos 10 anos e não ter a mínima ideia do que é que queremos ou o que a vida vai querer de nós. Somos livres mas não sabemos o que fazer com tamanha responsabilidade. Assusta-nos e criamos labirintos em nós próprios aprisionando-nos do resto.
Que merda ter 24. Apercebermo-nos que a vida, e que as quedas, são cada vez mais frequentes e cada vez mais profundas. Deixas de te arranhar tanto no arame farpado mas as feridas demoram muito mais tempo a sarar. Sentes que a maioria das pessoas não quer saber disso, porque, o que na adolescência era normal, agora é só chato e tornas-te mais egoísta porque a vida agora é a doer. Dar por nós a viver e a pensar de uma forma estranha, que, por vezes, nos faz pensar "isto é-me familiar" e percebes que era a tua mãe que costumava dizer essas coisas. Raciocínio de adultos que é cada vez mais incontrolável e que nos fazem tratar mais da pele.
Que bela merda que são os 24. É onde começam a surgir oportunidades e desgraças que nos podem definir a vida a longo prazo e nem nos damos conta. Questões como: viver sozinha, trabalhar no estrangeiro, "não quero uma relação só pelo físico"..tudo isto oleia a nossa engrenagem cerebral.
Que responsabilidade monstruosa ter 24. As escolhas que fazemos são mais nossas. Não podemos culpar tanto os outros e escondermo-nos atrás da saia da mãe quando as coisas correm mal. É verdade que criamos outros argumentos, nomeadamente uma das que se torna a nossa frase favorita: estou cansada. Estamos sempre cansados.
O medo chega a ser por vezes avassalador..e em doses industriais: o medo da decisão, ou de ficar sozinho, ou do dia de amanhã que tenho uma entrevista de emprego. Mas também é verdade que o êxtase que sentimos quando fazemos algo de bom, alguma coisa que correu bem e deu certo, é orgásmico. É nosso. Esfregamo-lo na cara de todos porque nos saiu do corpo.
Não é todos os dias que se tem 24. Apaixonamo-nos de verdade, e às vezes a fingir, que a sensação chega a ser igual, e vivemos essa combustão de uma forma mais intensa que antes. O sexo é melhor. É mais ir para a cama do que mandar uma. Os jogos mentais são mais construtivos, é como deixar para trás o jogo de snake e preferir um puzzle de 1000 peças.
Aos 24 olhas para o outro a pensar se é aquele. Percebes que achas graça a tipos mais velhos. Aprecias mais jantar fora com os teus amigos e com os outros que pensas serem aqueles. E, na altura de escolherem o sítio, já se esqueceram dos 12€ com bebida à descrição e preferem ir a um que esteja na moda. É beberem vinho em alturas que bebiam cerveja, e gin tónico quando bebiam shots de 1€. Telefonas mais vezes e mandas menos sms's. As formas interessam-te mas o conteúdo fascina-te. Desiludes-te mais do que queres mas o quanto precisas. Acreditas menos nos contos de fadas e em fantasias comerciais..e, por vezes, se acreditas é porque queres. Começas a perceber mais do que és porque tens menos tempo livre. Surpreendemo-nos connosco tantas vezes. Sentes o tempo a correr muitas vezes contigo pela mão e outras sem ti…e é quando o tempo passa mais devagar que percebes que alguma coisa tem de mudar. Começas a perceber que para as coisas mudarem és tu que tens de mudar, mas lá está, isso é algo que também vai demorar o seu tempo.
Os 24 anos são deprimentes, chatos…mas tu também.
Peguem nos vossos papéis e canetas:
Há tanta piada que poderia fazer com isto.
Fusões.
O contexto assim o motiva.
Agora que vai ser interessante perceber esta dinâmica de fusões entre negócios, isso vai.
Principalmente em universos de consultoras de comunicação e agências de publicidade, o que inicialmente poderá gerar algumas com-fusões.
O estado destas empresas é cada vez mais o "Em restruturação". Tudo e toda a gente se está a restruturar, que não é mais que uma forma polida de dizer, "Não fazemos a mínima ideia para onde é que o barco está a ir por isso mais vale arranjarmos mais gente para remar. Vamos unir forças, construir Titanics e, pelo sim pelo não, aprender boiar ou a respirar debaixo de água."
Agora, pessoalmente, só espero que, com isto tudo, os grumetes não sejam atirados aos crocodilos, os marujos a remar em porões a pão e água enquanto os douradinhos são mandados para paraísos fiscais para sustentar as 'aposentações' dos capitães Iglo.
Pressentem-se ventos de mudança e não têm de vir com o copo meio vazio. A verdade é que o contexto se pode revelar estimulante para arriscarmos, pois estas são alturas de grandes desafios à nossa criatividade, capacidade de gestão e poder de decisão.
Apertar a mão é um gesto que é parte importante do nosso trabalho, porém é precisa cada vez mais cautela. Em áreas como a da comunicação o que não faltam são capitães Gancho à procura de Peter Pans.
Ah, em termos de materiais as tendências vão para o algodão biológico e os veludos.
Em matéria de cores os tons pastel vão permanecer na paleta das criações.
Os cortes vão ser mais masculinos com inspiração nos anos 50/60 e nos anos 90. And guess who's back? Pois é, o godé e o evasé.
Os cabelos vão-se querer ondulados, com tons avermelhados intensos.
E são estas as tendências para a próxima estação. Servem todas para gastar dinheiro, ou melhor, investir fundos (que é isso que eu digo à minha mãe quando chego a casa com mais um par de sapatos).
Fiquem atentos.
Nestas coisas é como diz a dona Heidi Klum "one day you're in and the next day...you're out. ..." E isso, ultimamente, costuma vir sem direito a subsídios.
Para celebrar o destaque do Sapo, que amanhã acaba, lembrei-me agora mesmo de criar um novo segmento intitulado:
(Rufos)
Bucket List.
Pronto.
Era mesmo só isto.
Apeteceu-me causar suspense..sem nenhuma razão particular.
Coisas que quero fazer antes de morrer.
Vejam o lado pedagógico da coisa: Vão saber mais sobre a minha pessoa, logo, se me virem na rua, podem-me dar um olá já que me conhecem melhor.
(Provavelmente não irei retribuir o gesto mas é só porque falar com estranhos à toa é estúpido. A menos que me venham pedir informações sobre onde é que fica o Adamastor que isso já é um pretexto de gente.)
É comum dos egocêntricos publicar coisas sobre eles e achar que as outras pessoas as acham as coisas mais interessantes e espectaculares de sempre.
E eu vou achar isso mesmo. Aliás, já estou.
Comecei agora.
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