Quinta-feira, 26 de Setembro de 2013

Long live the queen!

 

A última entrevista de Janis Joplin, no dia 30 de Setembro de 1970, 5 dias antes da overdose fatal de heroína, ilustrada pelos Blank on Blank.

 

"You are what you settle for!"

 

 

 

 

“Being an intellectual creates a lot of questions and no answers. You can fill your life up with ideas and still go home lonely. All you really have that really matters are feelings."

 

 

 

 

Hoje é a Janis que monopoliza a minha playlist. Às vezes ela faz estas coisas. E eu deixo.

 

 

publicado por Cátia Domingues às 11:24
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Sexta-feira, 3 de Maio de 2013

Não te acostumes com o que não te faz feliz

Não te acostumes com o que não te faz feliz, revolta-te quando julgares necessário. 
Alaga o teu coração de esperanças, mas não deixes que ele se afogue nelas. 


Se achares que precisas de voltar, volta! 
Se perceberes que precisas de seguir, segue! 
Se estiver tudo errado, começa novamente. 
Se estiver tudo certo, continua.
Se sentires saudades, mata-as. 
Se perderes um amor, não te percas! 
Se o achares, segura-o!

 

F. Pessoa



publicado por Cátia Domingues às 11:51
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Quinta-feira, 7 de Fevereiro de 2013

Condição

Hoje acordei a pensar nesta música. Nas palavras desta música. No sentido que formam as palavras desta música. No sentido que o meu sentido dá a estas palavras desta música.

 

Tristeza não tem fim
Felicidade sim


A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar


A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira


Tristeza não tem fim
Felicidade sim


A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor


A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem


Tristeza não tem fim
Felicidade sim


A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

 

Vinicius de Moraes

 

publicado por Cátia Domingues às 11:25
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Terça-feira, 16 de Outubro de 2012

Estupidez

É estupidez entristecermo-nos pela perda de uma companhia: podíamos nunca ter encontrado essa pessoa, portanto, podemos dispensá-la.


Cesare Pavese
In. O ofício de viver

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publicado por Cátia Domingues às 17:54
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Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012

Cult.

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publicado por Cátia Domingues às 20:12
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Segunda-feira, 28 de Maio de 2012

The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories

Descobri hoje que o Tim Burton tem um livro de contos feito inteiramente por ele. Escrita e ilustração.

 

E vale tanto a pena.

 

 

 

 

 

 

Na íntegra aqui.

 

 

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publicado por Cátia Domingues às 20:51
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Quarta-feira, 21 de Março de 2012

Dia Mundial da Poesia

Divina Comédia

 

Erguendo os braços para o céu distante 
E apostrofando os deuses invisíveis, 
Os homens clamam: — «Deuses impassíveis, 
A quem serve o destino triunfante, 

Porque é que nos criastes?! Incessante 
Corre o tempo e só gera, inestinguíveis, 
Dor, pecado, ilusão, lutas horríveis, 
N'um turbilhão cruel e delirante... 

Pois não era melhor na paz clemente 
Do nada e do que ainda não existe, 
Ter ficado a dormir eternamente? 

Porque é que para a dor nos evocastes?» 
Mas os deuses, com voz inda mais triste, 
Dizem: — «Homens! por que é que nos criastes?» 

Antero de Quental, in "Sonetos"

 

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publicado por Cátia Domingues às 12:06
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Quinta-feira, 1 de Setembro de 2011

Um Outro - Crónica de Uma Metamorfose

"Tudo, em mim, adormece, imóvel e profundamente. Vou remexendo os sentimentos, e os meus pensamentos, como num tambor de alcatrão tépido.

Porque me sinto assim tão perdido? Manifestamente, por- que estou perdido.

Tudo é falso (por minha culpa, por meu intermédio: a minha existência falseia tudo).

Se o vazio (o meu vazio interior) ressuma um sentimento de culpa, talvez isso permita concluir das origens. A angústia precedeu a Criação; o horror vacui é uma questão de facto ética.

(...)

O que mudou agora com a «mudança»? Já não há servidão? Fiquei a salvo de mim mesmo? Simplesmente, aconteceu que me devolve- ram a conditio minima, a minha liberdade individual — ran- gendo, abriu-se, assim, a porta da cela em que me fecharam durante quarenta anos, e pode dar-se que seja bastante para me perturbar. Não se pode viver a liberdade onde se viveu o cativeiro. Seria preciso ir para qualquer lado, ir para muito longe daqui. Não o farei.

Pois, nesse caso, seria preciso que eu de novo nascesse, me metamorfoseasse — em quem, em quê?

 

Chove. À mesa do restaurante, um homem explica qual- quer coisa a uma mulher, qualquer coisa de inexplicável. Ele gostaria de abandonar os ensaios de felicidade que encalham regularmente. Sente-se cansado de ir atrás do prazer pelas falsas estradas das promessas, que não conduzem a lado ne- nhum. Não é outra mulher, ora essa, nem pensar. A liberdade. Regressar à superfície, sair do turbilhão confuso das relações que se arrastam há anos. Está farto de reconhecer em cada uma das relações as suas próprias insuficiências. Vislumbra uma vida breve, intensa, criativa. A fidelidade, os deveres cumpri- dos a contragosto alimentam o fogo de uma depressão perma- nente. Este fogo é frio como o gelo, mas animado por uma grande satisfação. «Was wussten sie, wer er war» — ninguém sabe quem ele é, e deseja que o deixem sozinho com este segredo. O rosto da mulher, que o ouve. Agora, ela deveria levantar-se, endireitar-se, orgulhosa, afastar-se com um soluço a custo reprimido. Não se levanta. Então, bem, é ele que se ergue de um salto, terna e furtivamente beija os olhos da mulher, e sai do café. Não, não sai. Acena, paga. Levantam-se ao mesmo tempo. Através do vidro fustigado pela chuva, ver como saem para a rua. O homem abre um guarda-chuva. Dão alguns passos assim, lado a lado; depois, a mulher toma o braço do homem, e, após algum desacerto, corrigem o passo. Vem da porta uma leve corrente de ar que varre a sala, como o sarcasmo fugaz da inutilidade."

 

 

Imre Kertész 

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publicado por Cátia Domingues às 15:30
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Quinta-feira, 23 de Junho de 2011

Dizem que conselho só se dá a quem pede

"Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns.

Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.


Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido, nem um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.


A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:


- Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo.
E ela responde:
- Eu também não, meu filho.


Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje,pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si.
Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina.


Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio.
Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido.
Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução.
Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.


Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: "eu não disse!";, "eu sabia!" Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados! Empresários de mesa de bar.
Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam.
Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar.
Porque não sabem trabalhar.
Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.


Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso."

 

Nizan Guanaes <- click! 

 


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publicado por Cátia Domingues às 13:23
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Terça-feira, 21 de Junho de 2011

De que serve discutir as ideologias?

"Para compreendermos o homem e as suas necessidades, para o conhecermos naquilo que ele tem de essencial, não precisamos de pôr em confronto as evidências das nossas verdades. Sim, têm razão. Têm todos razão. A lógica demonstra tudo. Tem razão aquele que rejeita que todas as desgraças do mundo recaiam sobre os corcundas. Se declararmos guerra aos corcundas, aprenderemos rapidamente a exaltar-nos. Vingaremos os crimes dos corcundas. E, sem dúvida, também os corcundas cometem crimes. 
A fim de tentarmos separar este essencial, é necessário esquecermos por um instante as divisões que, uma vez admitidas, implicam todo um Corão de verdades inabaláveis e o inerente fanatismo. Podemos classificar os homens em homens de direita e em homens de esquerda, em corcundas e não corcundas, em fascistas e em democratas, e estas distinções são incontestáveis. 
Mas sabem que a verdade é aquilo que simplifica o mundo, e não aquilo que cria o caos. A verdade é a linguagem que desencadeia o universal.

 

Newton não «descobriu» uma lei há muito disfarçada de solução de enigma, Newton efectuou uma operação criativa. Instituiu uma linguagem de homem capaz de exprimir simultaneamente a queda da maçã num prado ou a ascensão do sol. A verdade não é o que se demonstra, mas o que se simplifica. 
De que serve discutir as ideologias? Se todas se demonstram, também todas se opõem, e semelhantes discussões fazem duvidar da salvação do homem. Ainda que o homem, por todo o lado, à nossa volta, revele as mesmas necessidades."

 

Antoine de Saint-Exupéry, in 'Terra dos Homens'

 

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publicado por Cátia Domingues às 19:21
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Quarta-feira, 15 de Junho de 2011

Ídolo

Vamos ouvir sossegadinhos?
De ouvidos e mente aberta?
Vamos.
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publicado por Cátia Domingues às 17:24
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Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

Desassossego.

"Não sei  o que é o tempo. Não sei qual a verdadeira medida que ele tem, se tem alguma. A do relógio sei que é falsa: divide o tempo espacialmente, por fora. A das emoções sei também que é falsa: divide não o tempo, mas a sensação dele. A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo, uma vez prolongadamente , outra vez depressa, e o que vivemos é apressado ou lento conforme qualquer coisa do decorrer cuja a natureza ignoro.
Julgo, às vezes, que tudo é falso, e que o tempo não é mais do que uma moldura para enquadrar o que lhe é estranho. Na recordação, que tenho da minha vida passada, os tempos estão  dispostos em níveis e planos absurdos, sendo eu mais jovem em certo episódio dos quinze anos solenes que em outro da infância sentada entre brinquedos.
Emaranha-se-me a consciência se penso nestas coisas. Pressinto um erro em tudo isto; não sei, porém, de que lado está. É como se assistisse uma sorte de prestidigitação, onde, por ser tal, me soubesse enganado, porém não concebesse qual a técnica, ou a mecânica, do engano.
Chegam-me, então, pensamentos absurdos, que não consigo todavia repelir como absurdos de todo. Penso se um homem que medita devagar dentro de um carro que segue depressa está indo depressa ou devagar. Penso se serão iguais as velocidades idênticas com que caem o mar o suicida e o que se desequilibrou na esplanada. Penso se realmente sincrônicos os movimentos, que ocupam o mesmo tempo, em os quais fumo um cigarro, escrevo este trecho e penso obscuramente.
De duas rodas no mesmo eixo podemos pensar que há sempre uma que estará mais adiante, ainda que seja fracções de milímetro. Um microscópio exageraria este deslocamento até o tornar inacreditável, impossível se não fosse real. E por que não há o microscópio de ter razão contra a má vista? São considerações inúteis? Bem o sei. São ilusões da consideração? Concedo.  Que coisa, porém, é esta que nos mede sem medida e nos mata sem ser? E é nestes momentos, em que nem sei se o tempo existe, que o sinto como uma pessoa, e tenho vontade de dormir" Bernado Soares.
Precisava de postar isto.
Vou escrever.
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publicado por Cátia Domingues às 23:27
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Sábado, 23 de Abril de 2011

Reconhecimento à Loucura

Já alguém sentiu a loucura
vestir de repente o nosso corpo?
Já.
E tomar a forma dos objectos?
Sim.
E acender relâmpagos no pensamento?
Também.
E às vezes parecer ser o fim?
Exactamente.
Como o cavalo do soneto de Ângelo de Lima?
Tal e qual.
E depois mostrar-nos o que há-de vir
muito melhor do que está?
E dar-nos a cheirar uma cor
que nos faz seguir viagem
sem paragem
nem resignação?
E sentirmo-nos empurrados pelos rins
na aula de descer abismos
e fazer dos abismos descidas de recreio
e covas de encher novidade?
E de uns fazer gigantes
e de outros alienados?
E fazer frente ao impossível
atrevidamente
e ganhar-Ihe, e ganhar-Ihe
a ponto do impossível ficar possível?
E quando tudo parece perfeito
poder-se ir ainda mais além?
E isto de desencantar vidas
aos que julgam que a vida é só uma?
E isto de haver sempre ainda mais uma maneira pra tudo?

Tu Só, loucura, és capaz de transformar
o mundo tantas vezes quantas sejam as necessárias para olhos individuais.
Só tu és capaz de fazer que tenham razão
tantas razões que hão-de viver juntas.
Tudo, excepto tu, é rotina peganhenta.
Só tu tens asas para dar
a quem tas vier buscar.


Almada Negreiros

 

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publicado por Cátia Domingues às 13:06
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Sexta-feira, 8 de Abril de 2011

Faz-me o Favor

Faz-me o favor...

 

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!

Supor o que dirá

Tua boca velada

É ouvir-te já.

 

É ouvir-te melhor

Do que o dirias.

O que és nao vem à flor

Das caras e dos dias.

 

Tu és melhor -- muito melhor!

Do que tu. m

Não digas nada.

Sê Alma do corpo nu

Que do espelho se vê.

 

Mário Cesariny

 


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publicado por Cátia Domingues às 11:56
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Segunda-feira, 21 de Março de 2011

Cântico Negro

 

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

José Régio


 


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publicado por Cátia Domingues às 13:14
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