Todos os dias, atentados à nossa liberdade. Seja pelo controlo do Estado, pelo teu vizinho chato ou por fanáticos extremistas de pilas pequenas*. Nas mais pequenas coisas do dia-a-dia às maiores tragédias mundiais. Caramba. Das ofensas às ofensinhas, a mim, à minha prima ao Papa, é cada vez mais difícil existir. Acho que a maioria das pessoas, muitas que contribuem para este controlo, não têm a mínima ideia do monstro que vem aí.
Ora porque "Gozaste com cenas e os limites não sei quê.." e depois eu "Je Suis um trending topic qualquer" e o outro diz "vou ser o líder do depois de amanhã que sou bue justiceiro do mundo no sofá e vou-te bloquear e tenho bue da likes da minha trupe e pessoas famosas e ainda me posso dar bem na vida e ser convidado a ir a estreias de cinema e aparecer no fama show.."
O que me me entristece realmente é isto e é o ponto desta chachada toda:
Nos EUA, os humoristas acendem o lume da Democracia e da Constituição.
Em Portugal, aproveitam para fazer bashing uns dos outros.
Mais uma terça-feira. Que desperdício. Cansa.
Eu pessoalmente já não estou para esse fogo-cruzado, porque aparentemente temos todos que pertencer a uma facção, muitas vezes, sendo contra mim à queima-roupa, nem que seja porque há pessoas hiper-moralistas de casa de banho, que fazem de conta que não percebem que o que estás a defender é o valor em causa. Estou-me a lixar. Percebi com o tempo que as pessoas se odeiam a sério, se invejam diariamente, e aprendi que realmente é um desperdício total de energia. Mesmo que esta não seja só usada para criar coisas boas e relevantes mas também para procrastinar naquele scroll infinito no feed do facebook e ser mais forte que eu não entrar na rixa polémica do dia e passadas duas horas pensar "porque raio é que me fui meter e dar a minha opinião? depois vão haver pessoas que me vão colar a grupos, que me vão julgar e que vão achar que sou uma merda e sei lá, depois posso perder oportunidades de trabalho fixes e depois fico sem dinheiro para a renda, para comer, logo agora que me despedi para arriscar neste meio e pior, depois podem mesmo não me convidar para mariscadas". Depois páro, rio-me e clico enter. Porque vale o que vale, é o que acho e o que acredito, e é mais forte que eu. E no final, who gives a shit o que eu penso? Levamo-nos tão a sério e cedemos tanto ao medo, mesmo aquele medinho patético de sermos inimigos públicos durante 2 dias.
Tudo porque, de repente e aparentemente, se formou o conceito de "boa piada universal", porque somos todos bué especialistas no humorismo. Eu não sei qual é, até porque acho piada a peidos mas recuso-me a achar piada a quedas de casca de banana e a apanhados com idosos, mas pelo que li nas redes, já sei que existe e vem com timing correcto e tudo. E isto é melhor do que haver petróleo no Algarve. É que, mesmo nada sabendo, temos muito que patentear essa merda. Com a guita que vai entrar, o país fica salvo antes de meterem a Torre de Belém no Airbnb.
Mas no finalzinho do dia, sabem o que é que tem mais peso que uma piada, mesmo aquelas muita mal paridas, mesmo as de aquele tio idiota, na ceia de Natal, sobre os pretos no ultramar?
Acertaram. Um balázio no lombo.
Isto tudo dito por uma pessoa que tem mais de 1200 comentários nojentos, opiniões de pessoas reais, para ler sobre o atentado de Orlando.
* E não, não vou pedir desculpa às pessoas de pila pequena. Deal with it.
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