Percebo a utilização de youtubers, maltedo que faz vídeos na plataforma, com 928928483748374 seguidores cada um. Revelará, este número de seguidores, qualidade de conteúdo? Ahahaha. Claro que não. O entertenimento nem sempre tem de ser genial. Diz uma pessoa que vê o mínimo de Casa dos Sgredos. Aliás, neste caso quanto menos qualidade, mais visualizações. E não tenho nada contra isso..eu também me gosto de divertir, sou uma das pessoas que viu a xuxa da Bernardina e contribui com visualizações que transformam esses vídeos em "virais". A Sida também é viral, e quer isso dizer que é agradável? Não, não é.
Noutros países há imensas categorias de youtubers, vários temas, várias personagens, vários projectos. Em Portugal somos 11 milhões, e estas pessoas super jovens fazem quase todas o mesmo, e eu percebo que ter 10 mil pessoas a seguir seja uma fatia grande e um turn on para as marcas. Esta nova tendência tem até direito a convívios do "sector", certamente com pulseiras all-included, e dão conferências sobre qualquer coisa que não me ocorre. São os novos "famosos" e é quase uma profissão à séria.
Atenção, antes que alguém comece com merdas, eu não tenho rigorosamente nada contra uma pessoa que cria esse tipo de conteúdos, acho que estão a fazer pela vida e se têm tempo de antena é por culpa de fenómenos sociológicos como, "faz-me likes que sou um badaró e tenho muitas coisas a dizer à vida". Só não tenho é o mínimo respeito por aqueles que imitam e/ou picam ideias de outros sítios, sejam youtubers ou qualquer outra coisa na vida. Como consumidora/público dou valor à originalidade, o que é que querem?
Para mim, a aposta da Optimus é fácil, é uma campanha de recurso. Mas não tinha de ser, ter estas pessoas como endorsers pode ser muito bem aproveitado. Mas neste caso é querer chegar, à força, ao target jovem, pela auto-estrada. É rápido mas não se aproveita nada. Ou seja, terá bastantes visualizações..mas sumo 0. Na campanha anterior da WTF da Optimus, eu, inclusivamente, ainda era target: Não percebi sequer a campanha, se calhar foi porque sempre me dei com pessoas mais velhas. É possível. Mas lá está, os 2988478372827 seguidores devem ter adorado ver os seus "opinion leaders" a fazerem cenas fixes. Senhores, estes meninos podem fazer um vídeo a mandar um peido que irá ter um milhão de visualizações, agora, será que as pessoas querem ver isso? Ok. Se calhar querem, mas aqui a questão devia ser: Será que eu vou querer pôr o selo da minha marca nisso?
Quando é que a ânsia pelos likes e pelas visualizações se tornaram mais importantes que o conteúdo? E porque raio é que é mais importante na lista de prioridades e de estratégia de marca? Perdi-me completamente nos objectivos de marketing da Optimus, e um bocadinho nos da humanidade, confesso.
Na escolha da assinatura da nova marca, que deve assegurar o conceito, a Optimus vai pelo erro ortográfico, porque a malta nova é suposto ser sempre um bocado rebelde, "Tá-se tudo a passar". Tá-se tudo a passar?! Tá-se?! O que é "tá-se"? Na primária tinha levado logo uma belinha na tromba e escrito 100 vezes o verbo estar. Algo me diz que foi uma sorte não ter ficado "Tasse tudo a paxar". E não me venham com a desculpa de poupar nos caracteres que eu bem sei que estes tarifários costumam ser ilimitados. O uso do inglês, ok, vá, whatevaa, eu ainda entendo, é cultural do público, agora, o pouco português que existe nem sequer estar correcto? Porquê? Porque é jovem cometer erros? Raios, para isso já nos basta a gravidez na adolescência.
Mas bom, eis que hoje vejo este novo anúncio da WTF…que é a réplica do vídeo viral "How animals eat their food" dos MisterEpicMann. Vídeo esse do ano passado. Vídeo esse que TODA a gente viu. Sim, até em Portugal, imagine-se. Mas "who cares, #yolo, cenas".
É perfeitamente normal que estes protagonistas não percebam algumas coisas e, sinceramente, nem têm de perceber..porque é exactamente aí que as marcas que se querem posicionar como "extremamente divertidas" podem ajudá-los a ser relevantes, sendo relevantes com eles, e conseguir criar conteúdo como deve de ser. Até, em última instância, a ensinar qualquer coisa. E é exactamente isto tudo que eu não vi.
WTF Portugal, nem irreverente consegues ser, caramba.
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