In, Correio dos Açores
Estou a transbordar de espírito natalício!
Se nos próximos dias não fizer "Gorda" nenhuma, é porque das duas uma: ou entrei em coma derivado ao diabetes ou fugi com o Circo Cardinalli.
A julgar pela capa, quem também está maluco com isto é o jornal Correio dos Açores.
"Uma prenda para o menino jesus", complementado, sem sentido absolutamente nenhum, com uma foto de um Pai Natal improvisado, aparentemente tirada numa cave, e com um menino, com ar de quem está ansioso por ter idade suficiente para ser ateu, lindamente acompanhado por um senhor que encaixa mais no perfil de Pai Natal que o rapazola que está mascarado. Se só isto já não é um bonito postal de Boas Festas, então não sei o que é.
A notícia em si também vale muito a pena.
"O que dar ao Menino?", questiona o jornal dos Açores. Mas qual menino? O Jesus? O da foto? Já estamos demasiado confusos.
Mas continua a "notícia" com uma sugestão de Natal citada da Bíblia, que toda a gente sabe que são as melhores, "Tudo o que fizerdes ao mais pequeno dos meus irmãos a mim o fazeis". Ok. Devemos dar ao Menino boas acções. Entendido.
Mas depois, o raciocínio desta notícia volta-se a tornar tão confuso como tentar entender as crónicas do César das Neves.
Escreve o jornalista: "Não encontraremos dificuldades em escolher uma prenda, pelo contrário, não nos faltarão oportunidades para nos fazermos presentes na vida de tantos irmãos nossos, que vivem com pequenas reformas, ordenados ou rendimentos." Ok. Tudo bem. Reforçar a ideia de boas acções. Certíssimo.
Entusiasma-se, subitamente, o jornalista-que-pelos-vistos-se-calhar-acumula-funções-como-padre-da-paróquia: "Alimentos, roupas...novos ou usados podem enriquecer muitas cabanas ou grutas que pouco ou nada têm (...) A minha prenda será mais um ano de catequeses, melhor preparada e mais rezada."
COMO?! Tudo bem que eu já não vou aos Açores há uns anos, mas "cabanas ou grutas"? A sério? Pois claro que nada têm, nem dá jeito porque com a humidade estraga-se tudo. E, apesar de sugerir que se ofereçam alimentos ou roupa aos mais necessitados, o que é que o jornalista/pároco vai oferecer aos Moglis açoreanos? Uma casa? Um cabaz de alimentos? Cobertores? Um trabalho?
Não. Catequese. Exacto.
Porque não ter o que comer, ou onde viver ou até ter uma profissão, é uma coisa, não ter a profissão de fé é outra, pelos vistos bem mais grave.
A igreja a ensinar prioridades desde que vieram 3 Reis Magos, e que só um deles é que teve a decência de oferecer alguma coisa que servisse para comprar fraldas.
Bom Natal!!
E cuidado com os brindes dos bolos-rei.
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