Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017

#SomosTodosDomDinis

 

Quercus - ANCN juntou-se aos CTT para uma iniciativa bem linda e tão necessária.

3€ = 1 árvore 🌳

Para além de terem uma árvore em vosso nome, vão poder seguir o seu crescimento e ter mais tempo para se dedicarem a escrever um livro e a ter uma criança.

Vão até aos CTT mais próximos e sejam uns Dom. Dinis dos tempos modernos.

http://umaarvorepelafloresta.quercus.pt/

 

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publicado por Cátia Domingues às 12:53
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Terça-feira, 17 de Outubro de 2017

Escala cinza

Tenho 0 coisas que posso acrescentar ao horror do fogo neste país, a não ser um sentimento quase fúnebre, solene.

Não consigo e nem sequer sei por onde se começa.

São os pirómanos, os grupos de interesse, as queimadas, os cigarros, o fogo de artifício com este tempo, as políticas, as alterações climáticas...Sim. A Europa arde, mas em Portugal morre-se.

Que se substituam os extintores por mais pedagogia, que se substituam os extintores por uma mão muito mais pesada da justiça e que sejamos mais exigentes politicamente, nacional e localmente.

Num mundo onde queimar bandeiras nacionais são crimes, queimar um país, aparentemente não é.

 

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publicado por Cátia Domingues às 13:28
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Quinta-feira, 3 de Novembro de 2016

Desculpem o Transtorno.

Viver com ansiedade é ter sempre um treinador maldoso ao lado e sentir o tempo em contagem decrescente. Devia ser modalidade nos Olímpicos. Viver com ansiedade é viver com um monstro mas que não está debaixo da cama, está na nossa cabeça e com as mãos no pescoço. Viver com ansiedade é uma crise como a do subprime em que muitas vezes o imóvel somos nós. Imóveis na cama, sem vontade de sair dela porque os pensamentos pesam. Viver com ansiedade é mais que ter dias bons, maus e horríveis. É ter isso tudo num par de horas. É nadar até cansar porque nos custa boiar. É experimentarmos terapias e medicamentos que nuns dias nos acalmam e noutros nos fazem sentir que não há remédio. É preocupação, é sofrer por antecipação e estar sempre em alerta, mesmo deitados num colo a ver filmes num domingo à tarde.

 

Viver com ansiedade é não conseguir estar de férias, mesmo que tenhamos direito a elas. Viver com ansiedade é alugar um t2 e sentir que vivemos sempre num t0. Viver com ansiedade é senti-la imediatamente em tudo e com todos e quase não ter espaço para sentir muito mais. Viver com ansiedade é sentir constantemente que devíamos estar noutro sítio qualquer, a fazer outra coisa qualquer, e é fazer planos para mil coisas ao mesmo tempo que não saem do papel porque não sabemos o que queremos. Viver com ansiedade é viver em medo do real e do imaginário porque tudo é desconhecido, especialmente nós próprios. É não ter tempo para esperar pelo elevador, pelo semáforo, pela fila do médico. Só se espera que tudo corra mal. Viver em ansiedade é sentir que se escolhe sempre o caminho mais sinuoso e que é tudo tão difícil. Viver em ansiedade é sentir no estômago que amanhã é sempre primeiro dia de escola. Viver em ansiedade é mais que roer as unhas, tremer a perna, fumar cigarros e ter insónias de acordar cedo ou dormir tarde. É questionarmo-nos vezes sem conta a mais pequena merdinha, até nos poder fazer sentir que a merda somos nós. Viver com em ansiedade é ser a lebre da fábula. Viver em ansiedade é sentir que chorar é um descanso. Viver em ansiedade é sentir no peito o coração a correr desesperadamente de nós e é estar constantemente exausta para o conseguir apanhar.

 

Viver com ansiedade, dizem os médicos que é viver com um Transtorno. É um estado nervoso de alma, é sentir. Sentir esta ânsia de sabe Deus o quê. Quer dizer, pelo menos, espero que saiba.

 

E somos 16.5% em Portugal.

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publicado por Cátia Domingues às 16:41
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Terça-feira, 14 de Junho de 2016

Nem o Portugal-Islândia mete tanta rasteira.

Todos os dias, atentados à nossa liberdade. Seja pelo controlo do Estado, pelo teu vizinho chato ou por fanáticos extremistas de pilas pequenas*. Nas mais pequenas coisas do dia-a-dia às maiores tragédias mundiais. Caramba. Das ofensas às ofensinhas, a mim, à minha prima ao Papa, é cada vez mais difícil existir. Acho que a maioria das pessoas, muitas que contribuem para este controlo, não têm a mínima ideia do monstro que vem aí.

 

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Ora porque "Gozaste com cenas e os limites não sei quê.." e depois eu "Je Suis um trending topic qualquer" e o outro diz "vou ser o líder do depois de amanhã que sou bue justiceiro do mundo no sofá e vou-te bloquear e tenho bue da likes da minha trupe e pessoas famosas e ainda me posso dar bem na vida e ser convidado a ir a estreias de cinema e aparecer no fama show.."

 

O que me me entristece realmente é isto e é o ponto desta chachada toda:
Nos EUA, os humoristas acendem o lume da Democracia e da Constituição.
Em Portugal, aproveitam para fazer bashing uns dos outros.
Mais uma terça-feira. Que desperdício. Cansa. 

 

Eu pessoalmente já não estou para esse fogo-cruzado, porque aparentemente temos todos que pertencer a uma facção, muitas vezes, sendo contra mim à queima-roupa, nem que seja porque há pessoas hiper-moralistas de casa de banho, que fazem de conta que não percebem que o que estás a defender é o valor em causa. Estou-me a lixar. Percebi com o tempo que as pessoas se odeiam a sério, se invejam diariamente, e aprendi que realmente é um desperdício total de energia. Mesmo que esta não seja só usada para criar coisas boas e relevantes mas também para procrastinar naquele scroll infinito no feed do facebook e ser mais forte que eu não entrar na rixa polémica do dia e passadas duas horas pensar "porque raio é que me fui meter e dar a minha opinião? depois vão haver pessoas que me vão colar a grupos, que me vão julgar e que vão achar que sou uma merda e sei lá, depois posso perder oportunidades de trabalho fixes e depois fico sem dinheiro para a renda, para comer, logo agora que me despedi para arriscar neste meio e pior, depois podem mesmo não me convidar para mariscadas". Depois páro, rio-me e clico enter. Porque vale o que vale, é o que acho e o que acredito, e é mais forte que eu. E no final, who gives a shit o que eu penso? Levamo-nos tão a sério e cedemos tanto ao medo, mesmo aquele medinho patético de sermos inimigos públicos durante 2 dias. 

 

Tudo porque, de repente e aparentemente, se formou o conceito de "boa piada universal", porque somos todos bué especialistas no humorismo. Eu não sei qual é, até porque acho piada a peidos mas recuso-me a achar piada a quedas de casca de banana e a apanhados com idosos, mas pelo que li nas redes, já sei que existe e vem com timing correcto e tudo. E isto é melhor do que haver petróleo no Algarve. É que, mesmo nada sabendo, temos muito que patentear essa merda. Com a guita que vai entrar, o país fica salvo antes de meterem a Torre de Belém no Airbnb.

 

Mas no finalzinho do dia, sabem o que é que tem mais peso que uma piada, mesmo aquelas muita mal paridas, mesmo as de aquele tio idiota, na ceia de Natal, sobre os pretos no ultramar?

Acertaram. Um balázio no lombo. 

 

Isto tudo dito por uma pessoa que tem mais de 1200 comentários nojentos, opiniões de pessoas reais, para ler sobre o atentado de Orlando.

* E não, não vou pedir desculpa às pessoas de pila pequena. Deal with it.

 

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publicado por Cátia Domingues às 19:39
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Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2016

Não é mais um texto de uma mulher sobre mulheres.

Talvez por não me rever nas mulheres de que estas mulheres, e alguns homens, falam. Sei que pode estar a parecer confuso. Vou tentar explicar.

Falo das mulheres de que se falam nas mais recentes crónicas, embora reconheça que haja - ;) - mulheres que não sejam vistas como pessoas iguais, e que por isso sejam metidas naquela gaveta dos naperons bafientos. Eu tenho mãe, e tive avós. E sou filha e neta e namorada e publicitária e humorista e cidadã e activista. Sei bem que a diferença ainda existe. E não é uma diferença feita exclusivamente por homens, como há quem queira fazer parecer.

 

As mulheres de que cada vez mais mulheres falam, em fóruns de mulheres, para mulheres, sobre mulheres...sinto que faz muito pouco pelo género e muito menos pelo feminismo que dizem defender. Categoriza-nos, mete-nos muitas vezes numa categoria especial, seja por ser elogiadas como mais ou por ser tratadas como menos. Pedem inclusão, como se alguém recebesse um desconto no IRS por nos aceitar. Eu não quero projectos inclusivos, eu não quero leis da paridade, ser mulher é o mesmo que ser homem, gay, hetero, que ser branco, chinês, ou o Quimbé. Ser mulher não nos torna mais especiais, simplesmente faz de nós iguais. E é por isso que eu não sou feminista, sou igualitária. Uma igualitária que não boicota os óscares, porque se o Idris Elba não foi nomeado o DiCaprio também nunca ganhou um. Porque para mim o problema da diversidade está na escrita de papéis e no casting dos filmes. Uma igualitária que acha que a personalidade e talento deve ser o que nos define, e que sofre por vivermos numa sociedade tudo menos meritocrática como a nossa.

 

Mas é por ir percebendo aos poucos o que é o feminismo visto pelos olhos dos outros e outras, escrito pelas mãos de outros e outras, mãos essas que me dão reguadas por pluralizar no masculino como se achassem que eu devia pensar e agir de determinada forma. Eu não quero levar com o jornal, nem de homem nem de mulher nenhuma. Sinto e considero aquilo que eu acho correcto, mesmo que não conheça todas as terminologias científicas e politicamente correctas e que, por isso, perca nesses debates por aí. Sou igualitária. Não acho que por produzir maior quantidade de estrogénio ou ter orgãos sexuais característicos, faz de mim especial e diferente.

Ser igualitária não é ser anti-feminista. Muito, muito, pelo contrário. É por não me rever na forma como o feminismo se está a tornar tendência, que me assumo assim.

“Quem não está connosco está contra nós”. Que idiotice pegada nos dias que correm. Se não estou "convosco" é porque não me revejo na vossa forma de actuar e não quero assinar por baixo na vossa linha de pensamento. E no final do dia, faço o meu trabalho pela igualdade. Não preciso de sites com logotipos caligrafados, construído com uma premissa falaciosa e que se alimenta da ideia de que as mulheres são o elo mais fraco e que maneira de combater isso é apontarmos dedos e recriarmos os exactos padrões que abominamos nas outras pessoas e em incentivar comportamentos de mulheres modernas e independentes, como se tivéssemos conquistado o direito ao voto anteontem.

 

Se há questões que precisam de ser resolvidas? claro que sim. Se o feminismo foi dos movimentos mais importantes do mundo? Sem dúvida e estarei eternamente grata, e é sendo igualitária, nos dias de hoje, que acredito que estou a honrá-lo e a dar o passo a seguir.  É o que eu acredito.

 

Igualidade salarial. Mulheres em lugares de topo. Supervisão e reforço das baixas de maternidade nos locais de trabalho. Isto são as minhas questões, as que acho mais importantes. Se somos as super-mulheres porque fazemos jogging e temos de trabalhar e dar de mamar à criança ao mesmo tempo que também saímos com as nossas amigas, fazemos montes de sexo e vamos à depilação, "ah e agora a Barbie já não é escanzelada e portanto já não vamos ter de reger os nossos padrões de vida por 15cm de plástico. Yupii! Mais uma vitória!”, enquanto mulher nunca deixei que me definissem, muito menos 15 cm’s de plástico. E aliás, há mulheres que querem ser mães a tempo inteiro, e então? São menos? Para mim isto não passam de fait-divers que só servem para entreter. Nessas alturas, eu prefiro ver uma TED Talk.

 

Isto para dizer que eu falo para pessoas, que como na carta dos direitos do Homem (sim), devem ser iguais em direitos e deveres. Duplos padrões de analisar os mesmos assuntos, é material de sátira para mim. Porque morrem estatisticamente mais mulheres por violência doméstica, mas também morrem homens, e os homens ainda têm um duplo estigma de se queixarem à polícia, por isso eu acho a violência domestica um tema urgente e envolvo-me pelo seu combate, seja a vítima quem for. Se um homem é violado, se um miúdo é abusado por uma professora...o duplo padrão, tal como o julgamento sexual que a sociedade ainda faz de um homem e de uma mulher.

 

Sou uma mulher pela igualdade. Especialmente por cultivar e respeitar o direito de todos a sermos diferentes. E como publicitária, ou como humorista, universos estatisticamente masculinizados, tento não pedir com licença a ninguém para ser eu própria e dizer o que me apetece e ser coerente no que defendo, por mim e pelos meus pares, sejam eles homens, mulheres, ou aquele idiota da contabilidade.

 

Se já senti que era tratada de maneira diferente? Tantas vezes. Ter de "vender" a minha ideia duas vezes mais qualquer colega meu. Já tive quem desse pontuações às meninas da empresa, numa folha a4, à hora de entrada no trabalho. Oiço várias vezes que "as mulheres não têm tanta piada" ou pelo contrário "Vai ser mais fácil para ti vingares porque és mulher", sinceramente não sei qual o pior. Nunca fui do girlpower, e abomino grupos de mulheres que partem dessa ideia, não vai simplesmente de encontro ao que acredito. Isto porque já tive em ladies night, já me pagaram o jantar, e até fiz um período experimental num ginásio só de mulheres.

 

Cada vez temos mais medo de ser diferentes e dizer piadas e dizer certas coisas em voz alta porque estamos sempre a ofender alguém, e não sabemos quando é que pisamos o risco feito por interesses de certos grupos e podemos ser apontados, bloqueados e feitos inimigos nº1 durante 15 dias. Que se lixe isso. Não vamos é alinhar na padronização que nos querem impor dos comportamentos e do que dizemos onde dizemos e quando dizemos. Que se lixe, caramba. Que se lixem.

 

Mas o que quer dizer é isto: O mundo é um lugar sempre desequilibrado e injusto, e não é dividindo mas sim puxando pela igualdade que avançamos todos.

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publicado por Cátia Domingues às 20:19
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Sexta-feira, 4 de Setembro de 2015

Isto não é uma crise de refugiados. É uma crise de valores.

Acho incrível como é que em termos de crise, a dos refugiados continua a ter menos acção por parte da comunidade internacional que a financeira.

Quem manda a estas pessoas não serem dívida pública? Ou terem nascido em países com que a Europa não quer arranjar problemas?

Ainda por cima é malta esquisita e que toda junta nem sequer faz um visto gold.

Acho inteligente a ideia incrível de solucionar isto com um muro. Mas com esta atitude com malta estrangeira, quero ver quem é que o vai construir.

 

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E vamos lá a ver se nos entendemos.

Estou-me, sinceramente, a lixar se as pessoas estão "fartas de ver no feed das suas redes sociais super interessantes" as fotografias da tragédia que acontece à nossa porta. Isto é sobre algo maior que a moral rotineira. As fotos é porque isto aconteceu. Isto aconteceu. Isto acontece.

Isto não é o post da cor do vestido, isto é uma das maiores tragédias que precisa de ser denunciada porque a falta de atenção a isto é incrível. Isto é a banca de jornais de uma comunicação social que quer exercer pressão sobre quem pode ajudar a solucionar isto. Por mais que vos interesse negar, a verdade é que se o choque não fosse tão partilhado, não estaríamos todos tão activistas nisto. E não sou eu que digo, é a própria estrutura da psique humana.

Irrita-me seriamente esta coisa do "Isso é um post, não faz nada pela situação. É ridículo." Faz. Lamento mas faz. É preciso muito mais de nós que um post, verdade, mas não é só por trabalhar em comunicação que sei que a força das redes sociais é imensa e consegue mudar coisas de facto. (em inglaterra já começa a dar frutos. google it.) Os posts não servem só para partilhar vídeos de figuras tristes e ser popular. Acreditem. Juro-vos. Depois também temos o argumento "Estão a expôr a criança, a imagem é horrível. Que mau gosto Buh!!" Aqui faço minhas as palavras da TSF. Mas curiosamente não vi tanta gente publicamente indignada com os vídeos do funeral do filho da Judite, ou com o homicídio de jornalistas - isto sim de péssimo gosto na minha opinião - ou com imagens do gato de Vila Flor, ou com a partilha de qualquer imagem de outro animal ferido e maltratado para chamar a atenção para estes problemas.

O que chateia estas pessoas é o facto de muita gente o estar a fazer, e é mais original ser contra. Eu percebo. Mas se todos temos uma opinião sobre tudo, então que seja sobre isto, para variar o tema das transferências de jogadores de futebol.

No plano macro do problema, o que tem de ser feito é um plano de gestão, um trabalho conjunto de todos os países, e eu, como a grande maioria, não estamos qualificados para o fazer. Um trabalho, não só com estes migrantes mas com acção sobre o que se anda a passar nos seus países de origem, a exacta origem deste problema. Mas isso envolve ter tomates e meter a merda dos interesses políticos na peida. Ou seja, há quem esteja mais que qualificado e estes devem ser chamados a essa responsabilidade.

E esta é a minha posição. Não tem de ser a vossa.
‪#‎KiyiyaVuranInsanlik‬

publicado por Cátia Domingues às 11:30
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Quinta-feira, 16 de Julho de 2015

Verão é paixão, é cerveja, é bikinis e é abandonar o Piruças.

As pessoas abandonam animais. As pessoas pegam no seu animal de estimação e deixam-no para trás. As pessoas pegam no seu cão ou no seu gato e tiram-no do carro e arrancam.

Eu tenho de dizer isto de várias maneiras até conseguir interiorizar o que isto significa. É porque eu não tenho referência nenhuma do que será esse momento. Nunca vi. Não sei se é mesmo ingenuidade. Para vos ser sincera é como as pessoas que emagrecem a fazer a dieta dos hidratos de carbono, tu sabes que existe mas nunca viste realmente.

 

Estatisticamente, eu tenho de conhecer uma ou mais pessoas que já abandonaram um animal. Caso seja algum de vocês, quero aproveitar e desmistificar já aqui uma coisa: vão para o caralho. Vocês são um nojo de gente. Um certo tipo de humanos que me faz ter vergonha da espécie. Espero, do fundo do meu coração, que se no futuro, derem por vocês acamados num quarto que não é o vosso, rodeados de pessoas que não conhecem, a comer a mesma refeição semana após semana, com a fralda trocada a cada quinze dias: Parabéns, estarão a falecer num lar clandestino.

 

Há um mês, exactamente, estava a voltar para casa a pé com uma amiga minha, depois de um café ao fim da tarde, quando encontramos um bebé canídeo no pinhal, completamente sozinho. Pegámos imediatamente nele e trouxemos para casa. Ele não comeu as primeiras refeições, ele engoliu-as, ao ponto de me fazer sempre chorar. Como é que alguém deixa um cachorro assim? Nunca na vida que abandonariam esta maravilha. Não. Que estupidez. De certeza que está perdido. Informei cafés, bomba de gasolina, vizinhos. No veterinário verificaram que não tinha chip. Procurei cartazes afixados na vizinhança. Nada. Até que o dono de um dos cafés disse: "Ah, esse cachorro? Já está aí na rua há mais de uma semana!" COMO ASSIM? E ninguém o apanhou? Caramba, foi mesmo abandonado. Não acredito. Um mês passou e o Jorge Carlin (nome espectacular, modéstia à parte) é um cão encontrado. Muitas vezes nos quartos a roubar sapatos ou na dispensa a roer a esfregona. É um pequeno príncipe e não foi só a ele que lhe saiu a sorte grande, a nós também. Se bem que quando estraga os canteiros ou peças de vestuário, goste de o ameaçar que volta para o pinhal. Descansem, eu não estou a falar a sério e ele não percebe. É o mais próximo que tenho da ameaça parental "olha que vais para o teu quarto de castigo". O Jorge é a minha espécie de filho, sendo que já tenho um mais velhote, também encontrado debaixo de umas telhas numa obra. Tenho o telefone cheio de vídeos e fotografias dele e obrigo as pessoas a vê-las, quando vai à médica fico sempre nervosinha e adoro vê-lo brincar com os amigos que já fez. Sim, eu sou esta pessoa. Que nojo. Estou uma mãe autêntica. Como não sabíamos a data exacta do nascimento, a veterinária pô-lo a nascer dia 1 de Abril. Achámos graça, já que abandoná-lo foi uma autêntica partida de muito mau gosto. Claro que se vai portar mal. Claro que vai crescer. Claro que vou ter despesas. Mas faz parte da família, é um compromisso. Se tiver que abdicar de alguém mais depressa será o meu avô. *

 

Ontem li uma notícia que dava conta da quantidade de chiuauas que são abandonados por deixarem de ter, E ISTO É GENIAL, o tamanho correcto para as malinhas de passeio ao ombro. Que maravilha! Era bater-lhes com as bolsinhas cheias de betão armado na tromba. E hoje voltei a ver 4 casos de cães abandonados no meu feed de facebook…Acho, verdadeiramente, inacreditável. E as histórias que acompanham as fotografias surreais, também são surreais. Se o Allan Poe tivesse vivo, não conseguia escrever cenários mais assustadores que aqueles. Hoje foi de uma cadelita deixada no meio da rua dentro de uma caixa com a cabeça de fora. Chega a um ponto onde começo a achar que estes sociopatas estão em alguma espécie de concurso de criatividade de atrasos mentais. Agora fez-se luz, as pessoas não abandonam os seus animais. As pessoas abandonam a sua dignidade e a sua moral e a sua consciência.

 

Faço parte daquelas pessoas que gostava de ser rica para ter uma casa cheia de animais. E ser sócia de uma empresa de detergentes e ambientadores, também. Mas não os posso ter, como muitos de vocês não podem. Paciência. Podem sempre apadrinhar um animal de uma instituição (como esta que tive o prazer de conhecer a apadrinhar) e vê-lo e passea-lo sempre que queiram. Ter um ser vivo mas não ter as condições para ele ser feliz é como ver a Miley Cyrus arranjar namorado.

 

Ah, já que me ouviram até aqui e estão com a disposição certa, fiquem a saber que ter animais, especialmente crias, em lojas de animais é doentio e devia ser alvo de alguma atitude consequente como esta: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT75563

 

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* ahahah. Estou a gozar. Eu já não tenho avô.

publicado por Cátia Domingues às 18:56
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Terça-feira, 30 de Junho de 2015

Eis como o casamento entre pessoas do mesmo sexo irá afectar o resto da humanidade.

De forma, absolutamente,

NENHUMA.

 

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A sério. Juro. Não estou nada a gozar. Não vai mesmo. Aliás, desde 2010, quando a lei foi aprovada em Portugal, continuamos todos as nossas vidas, muitas delas infelizes, ou não? Sim, e vamos continuar a poder aproveitar as promoções dos hipermercados ao fim-de-semana e até a apanhar trânsito na ponte em dias de sol. Prometo. Os impostos, a luz e a água vão continuar até a aumentar, imagine-se. Sim. Estou-vos a dizer. Aliás, com o aumento do matrimónio, vão haver muitas mais pessoas insatisfeitas sexualmente e tudo, como em todos os casamentos. Ah, e a natalidade vai continuar a descer, não porque dois homens não podem procriar, mas porque o custo de ter uma criança vai continuar a ser insuportável para muitos de nós e as licenças de maternidade são cada vez mais um engôdo no mercado de trabalho. E até vos digo mais, mesmo com estes matrimónios, as instituições de crianças e jovens abandonados vão continuar a estar lotadas, e muitas sem possibilidades de lhes dar o apoio que elas precisam. Confiem que continua a estar tudo igual. 

 

Sei que algumas pessoas se andavam a questionar muito e a pregar o apocalipse, portanto cá está.

Não sei se estavam à espera desta revelação...mas pronto, agora podem ficar mais descansados. 

 

Não têm o que agradecer.

publicado por Cátia Domingues às 00:32
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Terça-feira, 28 de Abril de 2015

Mas isto não é um professor, é uma besta.

Minhas coisas boas, HÁ QUANTO TEMPOOOOOO?

Pois é, andei um bocadinho afastada do bloque mas deixem-se de coisas que eu estou-vos sempre a matar saudades na página.

 

Bom, e porquê hoje e não noutro dia qualquer? Porque hoje é um dia especial. Conheci um indivíduo chamado Pedro Cosme Vieira que vos quero mesmo, mesmo, apresentar.

 

Quem é Cosme Vieira? Só o conheci hoje e posso dizer que já não tinha tanto desprazer desde a última vez que chantageada pelas minhas amigas a sair para o Main.

 

Mas bom, isto é um professor da Universidade de Economia do Porto. Uma pessoa que ensina outras pessoas. Uma pessoa que provavelmente também procria.

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Desenganem-se: não quero que o conheçam pelo espírito jovem e divertido que Cosme expressa na sua lavagem de louça suja, nem por conseguir irritar-me ao representar o pior lado de uma direita com mommy issues.

 

É por escrever coisas num blogue pessoal. Juntar letras e conseguir formar frases. Coisas como esta, sobre as recentes propostas do PS:

 

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Aqui, na íntegra. 

 

Pura poesia. Parece que oiço os pássaros a chilrear, quando estas palavras ecoam na minha cabeça.

Começa por dizer que aquilo que foi apresentado pelo PS para o sistema de pensões não são medidas, são sonhos. E eu até poderia concordar, mas só se a frase e a sua parvoíce tivesse terminado por aqui. Mas não, continua dizendo que, para cumprir este sonho português, era matar pensionistas e desviar barcos de 'pretalhada' que atravessem o Mediterrâneo. 

 

Eu por acaso não vejo o Cosme a afundar-se no Mediterrâneo...vejo-o só como daqueles cócós grandes que ficam a flutuar.

 

Mas tudo isto podia não passar de umas graçolas mal paridas, umas ironias com a subtileza de um martelo pneumático, se o Cosme não desse bastante uso à sua liberdade de expressão: 

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Retirado daqui. 

 

Isto é um homem com um plano..tanto de controlo de imigração como de uma bela actividade familiar para o fim-de-semana.

 

Mas não é só sobre estes temas economico-sociais que Cosme se debruça. Cosme não é essa besta quadrada que querem que ele seja. Não, senhor! Cosme também se interessa por temas tão actuais e urgentes como o HIV. 

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Retirado daqui.  

 

Isto é um senhor que já comprou a sua Game Box para o Purgatório. Só fiquei com a dúvida, será que, no caso de crianças infectadas, podemos suspender os seus sinais vitais naquelas idades em que começam com as piadas de xixi cócó? Podemos abater logo a tal pretalhada, que toda a gente sabe que só servem para propagar o bicho, ou metemo-los em barcos e jogamos à batalha naval a sério? E a maricagem, metemo-los numa sala de espera do Amadora-Sintra e esperamos que a "rapidez" do atendimento faça o resto? Tantas questões.

Fico, então, a aguardar que façam da última interrogação de Cosme, um belo tema de Prós&Contras.

 

Mas atenção, desenganem-se pessoas que possam vir para aqui dizer ou acusar-me de ter dito que esta Excelência é racista e que está para a decência como os irmãos Guedes estão para as palavras cruzadas. O Cosme também tem outro ponto de vista sobre a 'pretalhada':

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 E para terminar, Cosme lança ao mundo uma questão, que não é colocada tantas vezes quanto é preciso:

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 Resumindo: adorava ter aulas com este professor e fazer um remake do 'dá-me o telemóvel já'.

 

Se gostaste e estás interessado em conhecer melhor Cosme, toma.

publicado por Cátia Domingues às 17:46
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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2014

Voltei. Adeus.

Olá, pessoas fiéis que ainda estão por aí.

Sim, desde o verão que não actualizava o blogue..mas não é por mal. O tempo é que é cada vez mais escasso e o facebook é o McDonald's dos posts.

 

Bom, acho que merecem uma explicação e um heads-up, se quiserem ouvir..se não quiserem podem voltar para os álbuns de fotos da festa da TVI:

Pois que, entretanto, fui convidada a colaborar no programa Inferno do Canal Q e acho que foi o sinal que me faltava para levar a minha tendência para o escárnio e para o sarcasmo mais a sério. Quando me comecei a interessar por isto, a minha referência, calculo que também a de muitos,  foi a clássica do Jon Stewart, depois com o Colbert e agora com o John Oliver. Quem me conhece não estranhou: tenho demasiadas opiniões. Sou sindicalista mesmo em minha casa. Tenho um medo praticamente doente da info-exclusão. Adoro escrever artigos de opinião nem que seja nos jantares de família. E, hipocrisias à parte, quero levar os outros a pensar como. Todos queremos. Todos achamos que temos razão.

Quando entrei pela primeira vez no último piso do Hotel Amazónia e vi pessoas a folhear jornais, revistas, ligados à Sic Notícias enquanto batiam com os dedos do teclado, fiquei absolutamente maravilhada: "Isto existe! É isto! Estas pessoas são pagas para fazer isto? Wow."

Sim. Infelizmente não consigo fazer disto o meu trabalho full time mas mesmo assim faz-me muito feliz. O suficiente para tirar férias para ir a Évora satirizar todo o circo em torno do caso Sócrates. Tive e tenho imensos medos, muito nervoso miúdinho, mas a verdade é que está a ser tão bom. Nunca fiz nada parecido e a verdade é que a primeira vez que a câmara se ligou..senti instantaneamente que o caminho passa por aqui. Posso não saber para onde é que vou, mas nisto sinto deixou de estar morno, agora está quente. 

Tenho tentado aprender à primeira com os erros que vão acontecendo porque, de certeza absoluta, que não há maior crítica do que eu.

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Sinto-me numa fase de mudança. Melhor, estou num dia de mudança. Hoje é a festa de Natal da agência. Odeio festas de Natal. Mas isso é um caso que merece um texto inteiro. Coincidentemente, vai ser a minha despedida. Amanhã mudo-me daqui, mas vou para perto. Não. Literalmente para perto. É o andar de baixo.

E hoje vou-me despedir de várias pessoas, algumas que ainda nem o nome sei, mas vou-me despedir especialmente de um Armander Alves, o guru das internets e dos dados e dos frezels brezels, que sabe tudo sobre isto e sobre como cuidar de gatos. O chefe mais humano e amigo que alguém pode ter.  De alguém que mete as prioridades de uma equipa acima de qualquer coisa. Como é que se prescinde de uma coisa destas? De um Gonçalo Caldas, uma antiga estrela de uma banda juvenil que ninguém se lembra, alguém que tem um sentido de humor digno de programa em canal aberto. De um Filipe Bernardes, dos profissionais e dos amigos mais competentes que já conheci, independentemente dos penteados de menino romeno que insiste em usar. Do Tiago Dias, hilariante e alguém que me fez odiar menos as pessoas que usam bimbys. Da minha Juncia, alguém que conheci nos tempos de faculdade, especialmente à noite, aliás nunca a tinha visto antes à luz do dia. Tenho um sonho de um dia ainda abrirmos a nossa própria redacção de jornal de investigação. Parece-me um bom plano. De um Beto e de um Joca, os meus camaradas mecânicos que me fizeram ver as coisas mais estranhas que se podem fazer com uma bengala natalícia. Da Joana Branches, mais conhecida pela "senhora do costume" nas vinotecas de Oeiras. Não conheço todos os accounts do mundo, até porque é um castigo demasiado grande, mas é seguramente a melhor account que conheço.

E isto não é bullshit. Quem me dera que fosse, custava bem menos.

 

Este texto de comeback não está nada de jeito, não é particularmente bom, mas quero lá saber. Isto é o importante para mim hoje.

 

Bom, e sei que não é a mesma coisa, mas sentirem a minha falta já sabem. Eu também sinto vossas. (muchimuchimuchi)

ah, outra novidade, não menos importante: comprei uma base bestial da Kiko que mudou a minha vida. São estes pequenos passos para a vida adulta.

E sim, sei o que se estão a perguntar, actualizar mais o blogue vai ser uma das minhas resoluções para 2015.

 

 

Cenas fixes que deviam ver:

Escandaleira do Vistos Gold

A despachar Habeas Corpus.

publicado por Cátia Domingues às 11:21
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Sexta-feira, 12 de Setembro de 2014

O que não te perguntaram no Verão passado - Catarina Matos

Na mesma semana em que estou mais partida que uma concorrente da Casa dos Segredos, devido a um esbardalhanço na rua com as consequências de uma aventura de rappel com btt misturado com arco e flecha, a minha convidada é a Catarina Matos. Eu e a Catarina temos imenso em comum, é uma copywriter que decidiu fazer rir os outros como profissão. A diferença é que ela conhece toda a gente porque é estupida e irritante e genuinamente querida. Um nojo.

 

Sei que vocês podem já ter ouvido imensas coisas sobre a Catarina, metade delas garanto-vos já que são mito. Mas querem a versão verdadeira? Ok. Vamos a isso. A Catarina assina, incompreensívelmente, com "portuguesa achada no Brasil" para parecer que é uma alta cena mas que, na verdade, é só imensamente injusto porque a Fátima Felgueiras fez isso muito primeiro.

 

Resumidamente, a Catarina é uma tipa que twitava trocadilhos enquanto trabalhava como copywriter e que foi para o Brasil sem emprego e, como ainda não conseguiu juntar dinheiro para meter silicone nas nalgas nem tem samba no pé, só joanetes, decidiu ocupar o seu tempo a recitar os seus tweets em bares. Fim.

 

Pensando bem isto dá um belo conto da Disney, se 'princesas da Disney' fosse um nome carinhoso para uma danceteria na Mealhada. Mealhada que, aliás, é o berço desta comediante..aposto que, neste momento, tudo vos esteja a fazer mais sentido. 

 

Porquê? Só vos vou adiantar isto...esta foi a fotografia "veraneia" que a Catarina me enviou para ilustrar o inquérito, rematando com "foi até o meu marido que sugeriu". E nesse momento, confesso que me veio à memória uma reportagem sobre tráfico de mulheres que vi no outro dia. 

 

 

Catarina Matos a actuar numa concentração motard em Aruba.

 

 

No monopólio, qual é a peça que escolhes sempre?

Não gosto de jogar a dinheiro, nem com dinheiro de brincar. Por exemplo, quando jogo poker é a M&Ms de amendoim, que é a versao leguminosa rica do “perder nem a feijões”.

 

Se fosses um Super-Herói que nome te davas?

Catwoman, por causa de Catarina. (põe a mão na orelha) ah, dizem-me da reggie que já existe. Escolho Catpower , então (também já existe?).

Ok, já sei! Escolho Super Ego e tenho o poder de bloquear cenas. Esta ficou-me dos meus tempos de ISPA.

 

Parte do frango que gostas mais:

Peito. Toda a gente acha seco mas eu tenho um truque chamado “quilos de maionese”. Sou boa companhia para dividir algumas comidas. Ovos não, porque só gosto da gema. Sapateira sou boa companhia porque falo pouco.

 

Banda Sonora da tua vida: André Sardet ou Mafalda Veiga?

Mafalda Veiga mas contrariada. Porque na faculdade tinha uma colega de casa na Pontinha que andava nos grupos de jovens e o apartamento era pequeno e a aparelhagem era potente, portanto se ela ouvia, eu ouvia, a Pontinha ouvia.

 

Preferias levar na boca da Gisela do Masterplan ou da irmã da Beyoncé?

Da irmã da Beyoncé, se é para apanhar, que apanhe de modo internacional. Para além do mais tenho medo da Gisela porque ela tem uma escala diferente das pessoas, parece um Ryu a mandar golpes especiais 24 horas por dia.

 

Se enveredasses pela vida do risco e tivesses um gang, quem preferias recrutar: Pepe ou Quaresma.

O Quaresma, pela sua ubiquidade. Toda a gente sabe que ele é nómada.

 

Vinho de pacote ou cerveja Cintra?

Sabes que bateste no fundo quando estás a tentar espremer um pacote de vinho entre os joelhos e apertar muito a torneirinha até ficar com a parte de plástico vermelho na mão. E voltar com uma faca porque aquilo parecendo que não sobra sempre para mais de meio copo e parece que acabou.

 

Se fosses parar a uma ilha deserta, quem é que escolhias para ir contigo : Kapinha ou Quimbé?

Quimbé porque assim aproveitava tudo o que ele ia levar só em brindes de patrocinadores, cozia os coletes de couro e os óculos oferecidos, a roupa dele ir fazer zumba e todas as quinquilharias que ele pede às marcas fazia uma canoa e… ala que se faz tarde.

 

Sandálias com meia branca ou Crocs?

Crocs porque já desencalhei. Vou dizer Crocs. “Qualquer coisa te fica bem”, diz ele. Acho… que inclui… Crocs… não?

 

O que é que compras com uma nota de 50 euros:

Neste momento não compro nada porque estou no Brasil… e olha, no mês passado fui a Lisboa ia comprar um pastel de nata mas, sem querer, dei 5 reais e o senhor da pastelaria disse muito alto e a rir “ESSE DINHEIRO AQUI NÃO VALE! PARECE DO MÓNÓPÓLI” e fiquei chateada porque não gosto de jogos a dinheiro como já disse.

Mas olha, 50 reais já quase que dá para ir até Miami daqui de São Paulo.

 

Para umas férias: Meco com o Dux da Lusófona ou Comporta com a família Espírito Santo?

Preferia ir fazer um trabalho de au pair para Paris de França ou apanhar azeitonas na Papua Nova Guiné em vez de ter férias. Azeitonas ou outra coisa que haja lá para apanhar. Sol, talvez.

 

Como é que reagirias se soubesses que eras adoptado e que os teus pais eram o César das Neves e a Isilda Pegado?

Fingia ataques de loucura e preferia ser considerada perigosa para a população. Depois ia viver para o Júlio de Matos, que pelo nome deve ser meu primo. Dizem que lá até a sopa é passada. Grande vida!

 

Fazes a mala e partes à aventura pelo mundo fora. Preferes apanhar um avião da Malaysia Airlines ou de submarino com o Portas?

Embarcando no trocadilho, mesmo assim parece-me mais profundo apanhar um avião da Malaysia. E disseram-me que têm faltado umas hospedeiras, queres ver que ainda arranjava um trabalhito de verão?

 

Quem anseias ver de topless: Assunção Esteves ou Marinho Pinto.

Marinho Pinto porque agora sempre que leio “pinto” leio à brasileira e ia ser um bingo, ver peitos e ver Pinto. Uau, parece que estou na Tailândia!

 

Nome para uma nova bebida de verão. Swap ou PEC?

Swap porque parece o gás a sair (eu sei, cada um fala por si).

 

O que é que te deu mais auto-estima investir: o BPN ou o BES?

Detesto siglas, acho que quem usa siglas são uns fdp. Pqp.

 

Onde é que penduravas os Miró?

A tapar a luz de alguma janela sem cortina, só para ter também uma atitude blasé. E também porque prefiro um bom Dali ou um mesmo um Leonardo DiCaprio.

 

Estás apeada na serra de Sintra à noite: de quem preferias apanhar boleia, Dino ou Angélico?

Preferia apanhar boleia do que canta. Porque quem canta seus males espanta e assim os males fogem a bom fugir,  mesmo a 300 km/h uma pessoa não os apanha.

 

 

Uma ideia para acabar com o conflito israelo-palestiniano.

Projetar filmes numa parede grande. No Inatel funciona, lá está sempre uma grande peace.

 

Carlos Cruz, culpado ou inocente?

Confesso que seria engraçado ouvir o Carlos dizer com voz fininha e cantada “GUIIITLYYY!”

 

Se ao morreres, encontrasses o Jorge Jesus nas portas do paraíso, o que é que gostarias que ele te dissesse?

Esternocleidomastoideo.

publicado por Cátia Domingues às 15:32
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Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

O que não te perguntaram no Verão passado - Guilherme Fonseca

Mais uma vez, tentei entrevistar alguém minimamente conhecido. Acho que tanto vocês, como a página, já mereciam uma boa notícia destas.

Por isso, tentei chegar à fala com o Guilherme Fonseca, uma das grandes jovens promessas do Surf nacional, mas como não consegui, tive de me contentar com o segundo Guilherme Fonseca que encontrei.

 

 

Para quem não conhece o Guilherme, ou seja basicamente toda a gente, ele é um comediante, é um apresentador, é um guionista, que no fundo faz várias coisas que ninguém vê..

Deixo-vos isto, no caso de haver alguém com mais de 70 anos que ainda use Google Talk e queira desafiar o "Gui" para uma conversa.

 

 

Mas bem, pois que pedi ao "Gui" (sim, vou usar sempre aspas quando escrever "Gui" porque quero que o leiam com o sotaque de uma menina de 15 anos) para me enviar uma foto veraneia para ilustrar toda a sua comicidade e sapiência...o "Gui" envia-me isto:

 

 

 

"Atenção que já estou mais careca.." Awwwww..tão fofinho. E diz isto como se acreditasse que as pessoas se lembram dele de alguma maneira. É adorável.

 

Mas a verdade é que, depois de me ter rido muito, eu achei que aquela foto não tem a capacidade de mostrar às pessoas quem é o "Gui". Porque o Guilherme é uma personalidade que escreveu, entre muitas outras coisas, o "Feitos ao Bife" ou o "5 para a meia noite" e que tem o grupo de improv com o nome mais redundante de sempre, com a particularidade de percebermos, a meio do espectáculo, que até é uma excelente sugestão: os Saia na Saída. Portanto, seguem as escolhas que acho mais justas para ilustrar o "Gui".

 

 

 

 

(Guilherme arruinando todo o potencial erótico-festivo dos morangos)

 

 

(Guilherme vestido de último espermatozóide da corrida)

 

 

 

 

 

(Guilherme numa foto simplesmente hilariante)

 

 

 

 

(Guilmerme numa tarde de bingo com a avó a mandarem uma garrafa de Campari abaixo)

 

 

 

 

(Guilherme numa piscina em Azeitão a ver se a água está boa)

 

 

 

Mas chega de apresentações.

Eis o que Guilherme tem a dizer sobre o "Gui" em 140 caracteres: "Quem é Guilherme Fonseca, pergunta você? Bom, o Guilherme é um gajo que se soubesse contar até 140 saberia que não vai ter espaço para..." AHAHAHAHAHHA! Tão bom! Eu avisei-vos!

 

 

No monopólio, qual é a peça que escolhes sempre?

Um revolver calibre 50. Nenhum jogo de Monopólio acaba de forma pacífica. Nenhum.

 

Se fosses um Super-Herói que nome te davas?

O “Homem Bom Gosto”, o incrível super-heroi que aguentou 27 anos seguidos sem nunca ouvir uma musica de Kizomba até ao fim.

 

Parte do frango que gostas mais?

A coragem. Não têm medo nem vergonha de espetar um limão no cu e se assumirem-se como maricas, por exemplo.

 

Banda Sonora da tua vida: André Sardet ou Mafalda Veiga?

André Sardet. O som dele a afogar numa piscina é divinal. Ouço sempre a correr no ginásio.

 

Preferias levar na boca da Gisela do Masterplan ou da irmã da Beyoncé?

A irmã da Beyoncé. Porque a Gisela anda à porrada em todo o lado. Para evitar porrada com irmã da Beyoncé basta ir de escadas.

 

Se enveredasses pela vida do risco e tivesses um gang, quem preferias recrutar: Pepe ou Quaresma.

O Pepe, claro. Que raio de cigano é que deixa que lhe roubem jóias de casa?

 

Vinho de pacote ou cerveja Cintra?

Cerveja Cintra. Não há nada melhor para tirar nódoas de sangue de militante do CDS das calças de ganga.

 

Se fosses parar a uma ilha deserta, quem é que escolhias para ir contigo: Kapinha ou Quimbé?

A ilha tem canibais? Se tiver não consigo escolher, quero levar os dois.

 

Sandálias com meia branca ou Crocs?

Crocs. Dá sempre jeito ter um par de crocs à mão, para se estacionar em lugares de deficiente e assim.

 

O que é que compras com uma nota de 50 euros:

108790088020287900303 acções do BES.

 

Para umas férias: Meco com o Dux da Lusófona ou Comporta com a família Espírito Santo?

Nunca com a família Espírito Santo na Comporta. A minha solidariedade acaba quando eu explico à minha mãe como se partilha uma imagem no Facebook. Por telefone. Durante 72 horas.

 

Como é que reagirias se soubesses que eras adoptado e que os teus pais eram o César das Neves e a Isilda Pegado?

Ia ao Google descobrir quem é a Isilda Pegado.

 

Fazes a mala e partes à aventura pelo mundo fora. Preferes apanhar um avião da Malaysia Airlines ou de submarino com o Portas?

Um avião da Malaysia Airlines, se calhar. É que vi todos os episódios de “Lost”. Sei que o avião desaparece, passo 7 anos numa ilha a gozar com os espectadores e no último episódio se não estou morto, há milhões de pessoas pelo mundo com vontade de me matar.

 

Quem anseias ver de topless: Assunção Esteves ou Marinho Pinto?

O Marinho Pinto. Isto porque aposto que tem um pénis erecto tatuado como tramp stamp. A apontar para baixo, claro. Aposto. 10 euros.

 

Nome para uma nova bebida de verão. Swap ou PEC?

Prefiro PEC porque Swap já existe. Bebe-se muito no Algarve e o nome é maior. O nome completo é “Cum Swap”.

 

 

O que é que te deu mais auto-estima investir: o BPN ou o BES?

No BES porque fez bem à minha auto-estima mas também à minha vida sexual. Fiquei muita sólido.

 

Onde é que penduravas os Miró?

Nos mamilos do Rui Machete. Se sobrasse um ou outro fazia-lhe também um “prince albert”.

 

Estás apeado na serra de Sintra à noite: de quem preferias apanhar boleia, Dino ou Angélico?

Não posso responder Schumacher? É que nunca fiz ski.

 

Uma ideia para acabar com o conflito israelo-palestiniano.

Transferir o território palestiniano para a Idanha-a-nova. Depois de anos e anos de guerra, doença e más condições de higiene, os palestinianos misturavam-se na perfeição com a malta do Boom.

 

Carlos Cruz, culpado ou inocente?

Totalmente culpado. Mas mesmo. Eu sei perfeitamente que foi ele que lançou o Goucha na RTP, a fazer programas de culinária, na altura.

 

Se ao morreres, encontrasses o Jorge Jesus nas portas do paraíso, o que é que gostarias que ele te dissesse?

“Eu e a Paula Rego? Claro que foi só sexo. Era uma loucura. Até lhe perguntava “‘tá a chorar? ‘Tá a chorar?”

publicado por Cátia Domingues às 14:51
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Sexta-feira, 29 de Agosto de 2014

O que não te perguntaram no Verão passado - Filipe Homem Fonseca

O convidado desta semana é o Filipe Homem Fonseca, argumentista, dramaturgo, humorista, músico e realizador. O Filipe nasceu em Lisboa no final do ano de 74, tendo acompanhado a revolução directamente da barriga da mãe, que recorda esse dia como, "o dia em que senti que carregava o Marco do Big Brother no ventre". Viveu uns tempos na floresta amazónica para escrever o documentário Curiua Catu, tendo regressado riquíssimo e com menos espelhos e coca-colas na mala.

 

"Se não podes juntar-te a eles, vence-os" é o nome do seu livro lançado o ano passado, tendo sido também a prenda de Natal que mais gostei, se não contar com a campainha "ring for sex" que a minha tia me ofereceu.

 

É mais do que sabido que o Filipe é dos seres humanos mais interessantes da nossa praça, mas o que muita gente não sabe é que o Filipe é uma pessoa bastante mística, começando na forma como gosta de ser conhecido. O Filipe gosta de assinar como 'FHF', sendo que se tirarmos o H de Homem ficamos com as siglas FF...e não é por acaso. So clever.

 

 

 

Filipe na sua expedição para descobrir o caminho para Alcácer do Sal, porque ouviu dizer que se come um magnífico achigã frito com umas belas migas de batata.

 

 

Filipe Homem Fonseca, por Filipe Homem Fonseca: "Filipe Homem Fonseca define-se como um ser. Gosta de torresmos. E é tudo o que, de momento, tem a dizer de si próprio, porque no Verão fica com uma grande lazeira."

 

 

No monopólio, qual é a peça que escolhes sempre?

A fisga, ou então aquele anãozito com o martelo.

 

Se fosses um Super-Herói que nome te davas?

O Homem-Homem.

 

Parte do frango que gostas mais:

A carne.

 

Banda Sonora da tua vida: André Sardet ou Mafalda Veiga?

Sardet nas partes de acção e porrada, Veiga nas sequências etéreas de sonho.

 

Preferias levar na boca da Gisela do Masterplan ou da irmã da Beyoncé?

Irmã da Beyoncé. A Gisela ganhou ao Undertaker, por isso estão a ver.

 

Se enveredasses pela vida do risco e tivesses um gang, quem preferias recrutar: Pepe ou Quaresma.

Marinho Pinto.

 

Vinho de pacote ou cerveja Cintra?

Sede.

 

Se fosses parar a uma ilha deserta, quem é que escolhias para ir contigo : Kapinha ou Quimbé?

Escolhia afogar-me.

 

Sandálias com meia branca ou Crocs?

Crocs com meia branca, perto de uma falésia em dia ventoso.

 

O que é que compras com uma nota de 50 euros:

Uma pastilha Gorila. Depois, o que comprava com o troco, logo via.

 

Para umas férias: Meco com o Dux da Lusófona ou Comporta com a família Espírito Santo?

Comporta sem família Espírito Santo, não me dou com gente pobre.

 

Como é que reagirias se soubesses que eras adoptado e que os teus pais eram o César das Neves e a Isilda Pegado?

Ria-me, vomitava, doava um rim a uma causa humanitária que não tivesse nenhum uso para ele.

 

Fazes a mala e partes à aventura pelo mundo fora. Preferes apanhar um avião da Malaysia Airlines ou de submarino com o Portas?

Apanhava boleia do Rei Ghob, levava cassetes dos Abba para ouvirmos no carro.

 

Quem anseias ver de topless: Assunção Esteves ou Marinho Pinto.

Marinho Pinto em pelota, com slut stamp. Póster emoldurado sobre a lareira.

 

Nome para uma nova bebida de verão. Swap ou PEC?

BES Zero.

 

O que é que te deu mais auto-estima investir: o BPN ou o BES?

Em matéria de auto-estima, lembro-me sempre do Gustavo Santos e depois cresce-me um frúnculo no meio da testa.

 

Onde é que penduravas os Miró?

Na parte de trás do meu colete de ganga, por cima do dorsal dos Maiden.

 

Estás apeado na serra de Sintra à noite: de quem preferias apanhar boleia, Dino ou Angélico?

Isso seria impossível porque nenhum deles tem carta.

 

Uma ideia para acabar com o conflito israelo-palestiniano.

Uma sardinhada.

 

Carlos Cruz, culpado ou inocente?

De quê?

 

Se ao morreres, encontrasses o Jorge Jesus nas portas do paraíso, o que é que gostarias que ele te dissesse?

Punk’s not dead.

publicado por Cátia Domingues às 12:16
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Sexta-feira, 22 de Agosto de 2014

O que não te perguntaram no Verão passado - Susana Romana

Estou neste momento a gozar, tecnicamente, o meu último dia de férias. Sendo que há quase 3 anos que não tinha umas, decidi aproveitar para fazer uma pausa como deve de ser, que é como quem diz, esquecer que a maioria das pessoas que conheço existe. Que, no fundo, é o que toda a gente faz, não me venham com merdas. Aliás, a nossa cabeça no último dia de trabalho antes das férias é só piretes mentais, só nos apetece atirar com as folhas ao ar e fazer twerking em cima da mesa do chefe...e o último dia de férias é exactamente o oposto. Um dia inteiro a chorar no chão em posição fetal, revinvendo o trauma do primeiro dia de escola.

 

A vossa sorte é que não sou daquelas pessoas que, de hora a hora, mete uma foto dos pés e das pernas ao sol. Isso é só parvo, especialmente aquelas que não acreditam na depilação e que, depois de vermos o álbum das férias no Algarve, só nos apetece chegar lá com um maçarico e queimar aquilo antes de meter na água quente.. Ah, e outra coisa, beber caipirinhas às 11 da manhã e ir todos os dias ao Bliss não faz de vocês pessoas fixes, só vos aumenta a probabilidade de encontrarem no José Carlos Pereira uma alma gémea. Pensem nisso.

 

Pois que a convidada desta semana vem directamente Mem-Martins, que é como quem diz, vem de Citroen Saxo e é a Susana Romana, e podia aqui dizer que era para terminar a semana em altas mas a julgar pela sua estatura, vamos terminar só a dar-me pelo ombro, que é mais ou menos por aqui assim. A Susana dispensa mais piadas com o apelido..gosta muito de ser tratada pelo seu primeiro nome, mas quem quiser pode continuar chamando-lhe bébé.

 

Tem um vasto currículo sendo actualmente gionista das Produções Fictícias, com vários projectos no canal Q, é formadora em cursos de escrita, e escreveu o Inspector Max onde o melhor da série são os diálogos do cão.

 

 

 

A Susana também escreveu um livro, tendo sido, inclusivamente,  muito bem recebido na sua terra-natal. Aliás, como costumam dizer, sabiamente, no Algueirão, "A cultura é uma arma, mas não aleija tanto como seres cercada por 6 indivíduos e levares com uma facada no abdómen".

  

 

Susana posando junto da Ponte de Entre-os-Rios, ou então é em Florença, não tenho a certeza. Confundo sempre as duas.

 

Susana Romana por Susana Romana, "Susana Romana começou a sua carreira com uma composição sobre um cão com problemas intestinais que não convenceu a professora Maria do Carmo. Mesmo assim, insiste em escrever porque ganhar a vida a inventar coisas sempre lhe pareceu demasiado bom para ser verdade."

 

 

No monopólio, qual é a peça que escolhes sempre?

Um queijinho cor-de-rosa, como modo de pressionar para o facto de ser muito mais fixe jogar Trivial. Meter um recibo verde a ter a ilusão que pode um dia comprar habitações em nome próprio é só sádico.

 

Se fosses um Super-Herói que nome te davas?

Um dia, num acampamento algures na adolescência, acendi uma fogueira recorrendo a gás intestinal e ganhei o cognome de Peidosana. Vou manter-me fiel a esse meu escasso momento de glória, apesar de achar sofrível ao nível do merchandising.

 

Parte do frango que gostas mais: Das pernas, porque posso fingir que sou o Óbelix a enfardar um javali.

 

Banda Sonora da tua vida: André Sardet ou Mafalda Veiga? Mafalda Veiga, porque há que sentir algum afecto por quem tem a ingenuidade de fazer campanha pelo Santana Lopes. Cutchi cutchi, pá.

 

 

Preferias levar na boca do Paco Bandeira ou do Manuel Maria Carrilho? Do Carrilho, porque se levasse com alguns volumes do “Busca do Tempo Perdido” do Proust na boca também teria propriedade para fingir que os tinha lido. Para aqui não é essencial, mas noutros inquéritos de Verão é uma cena que dá classe.

 

Se enveredasses pela vida do risco e tivesses um gang, quem preferias recrutar: Pepe ou Quaresma? Eu sou de Mem Martins, por isso percebo molhos de andar à porrada. Escolhia o Pepe, porque é mais dissimulado e porque sabe que não se deve ir passear sozinho com os lucros para Chelas.

 

Vinho de pacote ou cerveja Cintra? Cerveja Cintra, sempre, pela mítica reportagem para a TSF na qual o Sousa Cintra atirou uma garrafa da janela do seu carro – com o vidro fechado: https://www.youtube.com/watch?v=SyHhTuJnbx0

 

Se fosses parar a uma ilha deserta, quem é que escolhias para ir contigo : Kapinha ou Quimbé? O Kapinha, porque ia adorar vê-lo a inventar nomes para as coisas. “Olha, aquela palmeira agora é a Fokilhucinhas, ‘tá?”.

 

Sandálias com meia branca ou Crocs? Eu já usei Crocs. Curiosamente, tive mais dificuldade em admitir isto agora em público do que a história da Peidosana.

 

O que é que compras com uma nota de 50 euros: Contrato emigrantes ilegais para responderem a inquéritos de Verão por mim.

 

Para umas férias: Meco com o Dux da Lusófona ou Comporta com a família Espírito Santo? Uma vez, através de amigos comuns, acabei por passar uns dias no Rio de Janeiro com um grupo no qual estava um neto do Champalimaud. Ele tinha andado de comboio da CP uma única vez, às escondidas dos pais, e fez-me mil perguntas fascinantes sobre como era andar de transportes públicos todos os dias. Por isso, acho que tenho umas histórias/dicas boas para entreter os Espírito Santo nesta altura em que precisam de mimo. Pessoal, querem ver como se escorre uma lata de atum?

 

Como é que reagirias se soubesses que eras adoptado e que os teus pais eram o César das Neves e a Isilda Pegado? Ficava feliz por ter sido concebida numa noite de sexo super freaky e porcalhona. A malta que pensa daquela maneira tem geralmente um tarado sexual de alto gabarito dentro dela.

 

Fazes a mala e partes à aventura pelo mundo fora. Preferes apanhar um avião da Malaysia Airlines ou de submarino com o Portas? O voo da Malaysia. Suspeito que o Portas cheira insuportavelmente a CK One e no submarino não se podem abrir janelas.

 

Quem anseias ver de topless: Assunção Esteves ou Marinho Pinto? Marinho Pinto! Man boobs! Eu acho que quem tem man boobs não devia poder adoptar, é demasiado confuso para a criança.

 

Nome para uma nova bebida de verão. Swap ou PEC? Swap. Ia ser uma energy drink potencialmente cancerígena, daquelas capazes de derreter um balcão todo em mármore.

 

O que é que te deu mais auto-estima investir: o BPN ou o BES? No BES, porque me deram um daqueles porquinhos coloridos da Agatha Ruiz de La Prada para eu encher com moedas pretas e self loading por ganhar mal.

 

Onde é que penduravas os Miró? A fazer de portas das casas-de-banho do Lux.

 

Estás apeado na serra de Sintra à noite: de quem preferias apanhar boleia, Dino ou Angélico? Dino, porque depois podia andar de balão de ar quente com a Diana Chaves a dizer-me adeus.

 

Uma ideia para acabar com o conflito israelo-palestiniano? A Casa dos Segredos. Estou sempre a ouvir que os portugueses não vêm para a rua protestar porque só querem saber da Casa dos Segredos, por isso suspeito que pode ajudar aos israelitas e palestianos ficarem quietinhos em casa. Fanny para a Faixa de Gaza já.

 

Carlos Cruz, culpado ou inocente? Culpado, de não ter comprado bolas de basket e lagostas para os seus colegas de prisão. O Isaltino é um preso muito mais cool.

 

Se ao morreres, encontrasses o Jorge Jesus nas portas do paraíso, o que é que gostarias que ele te dissesse? “Bora prá’quela nuvem fazer caralhadas à malta que ficou lá em baixo?”

publicado por Cátia Domingues às 13:35
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Quinta-feira, 14 de Agosto de 2014

O que não te perguntaram no Verão passado - Diogo Faro

Esta semana o ilustre convidado é o Diogo Faro, o segundo Diogo Faro mais conhecido da internet, a seguir a este:

 

 

E a crush da modelo Sara Sampaio que só ainda não têm uma relação séria porque o Diogo não acredita em relacionamentos à distância.

 

Ele faz espectáculos, toca clarinete e tem uma página de facebook, que tem aquele jogo de palavras malandro: Sensivel + Mente + Idiota, percebendo-se à partida porque é que nunca vingou no mercado publicitário.

 

Diogo Faro, por Diogo Faro, num tweet: "O Diogo Faro é o primeiro comediante em Portugal a surgir do Facebook (pelo menos, ele quer acreditar nisso) com a página “Sensivelmente Idiota”. Sonha um dia ter um espectáculo com o Guilherme Leite e o Mico da Câmara Pereira."

 

 

 Diogo Faro a beber uma Cergal na praia de Ofir, preparando-se para mais uma grande noite no Pacha.

 

No monopólio, qual é a peça que escolhes sempre?

Mamas de silicone. Acho que é das melhores coisas que o dinheiro pode comprar. O mundo era um sítio melhor se houvesse mais mamas de silicone. “Ai Diogo, mas essa peça nem existe!”. Shiu. Na minha cabeça existe sempre.

 

Se fosses um Super-Herói que nome te davas?

 Esta é uma questão chata. É que para eu ter um nome que representasse o meu heroísmo todo, ficava pouco eficaz ao nível do marketing. Seria: O Super-Incrivelmente-Talentoso-Que-Deixa-As-Miúdas-Histéricas-E-Que-É-Também-Um-Génio-Em-Tudo-O-Que-Faz-Menos-Ovos-Estrelados.

 

Parte do frango que gostas mais:

 As hormonas, porque fazem crescer as mamas. E isso ajuda a quem não tem dinheiro para mamas de silicone.

 

Banda Sonora da tua vida: André Sardet ou Mafalda Veiga?

 O meu sonho é que eles fossem gémeos siameses e estivessem juntos pela cabeça e pela boca. Assim, quando cantassem, cantavam só um para o outro e mais ninguém ouvia.

 

Preferias levar na boca da Gisela do Masterplan ou da irmã da Beyoncé?

Da irmã da Beyoncé, claro. A Beyoncé é tão boa que só de estar em contacto com o mesmo material genético que o dela já me deixava louco.

 

 

Se enveredasses pela vida do risco e tivesses um gang, quem preferias recrutar: Pepe ou Quaresma.

 Quaresma. O Pepe é só fogo de vista, dá umas bordoadas aqui e ali mas, no fundo, é um cagão. Além disso, o Quaresma tem tatuagens e toda a gente sabe que tatuagens dá ar de drogado e ar de drogado mete medo.

 

Vinho de pacote ou cerveja Cintra?

Vinho de pacote. É o que eu e os meus amigos bebemos, sentados nos andaimes, nas pausas de almoço enquanto gritamos para as velhas de Alvalade: “Partia-te essa anca toda!” ou “Era até te saltar a dentadura, mesmo que estivesse fixa com Corega!”.

 

Se fosses parar a uma ilha deserta, quem é que escolhias para ir contigo : Kapinha ou Quimbé?

 Kapinha, óbvio. Toda a gente sabe que agora somos amigos. E pedia-lhe que levasse o Mimikas, claro, para o caso de faltar comida pormos o puto na fogueira.

 

Sandálias com meia branca ou Crocs?

 Crocs. Porque eu às vezes gosto de me mascarar de autista e as Crocs dão o ar certo.

 

O que é que compras com uma nota de 50 euros:

 Dez bicos na Kikas. Ou 1 milhão na Casa dos Segredos.

 

Para umas férias: Meco com o Dux da Lusófona ou Comporta com a família Espírito Santo?

Comporta com a família Espírito Santo. Gosto de criminosos a sério que não se limitam a afogar meia dúzia de gajos, mas sim meio país. Além disso, também gosto muito de brincar aos pobrezinhos. Ou melhor, com os pobrezinhos. Pô-los a fazerem-me a pedicure sem lhes pagar, por exemplo, e outras brincadeiras giras.

 

Como é que reagirias se soubesses que eras adoptado e que os teus pais eram o César das Neves e a Isilda Pegado?

Ia para o Marquês festejar. Todos os dias. Ser criado por dois energúmenos e mesmo assim ter saído um génio, só podia querer dizer que me tinha auto-educado e que isso seria motivo de festejo diário.

 

Fazes a mala e partes à aventura pelo mundo fora. Preferes apanhar um avião da Malaysia Airlines ou de submarino com o Portas?

Malaysia Airlines. O Portas está sempre a tocar pandeireta, ou outras cenas, e não deixa os outros dormir. Uma vez, estive num acampamento com ele e já sei como é. Ah, merda! Não queria ter contado isto! Como é que é apago agora? O meu pc não tem backspace!

 

Quem anseias ver de topless: Assunção Esteves ou Marinho Pinto.

Marinho Pinto. Mas gostava que fosse uma coisa calma, com classe. O melhor seria um strip integral, enquanto discursava no Prós e Contras. Ficava a ver isso em loop para sempre.

 

Nome para uma nova bebida de verão. Swap ou PEC?

Swap. Porque é parecido com swag e porque, afinal de contas, a maioria dos portugueses não faz ideia o que é um swap. Mas basta pôr à venda no Bliss e no MeoSpot que as pitas bebem tudo e tiram bué fotos para o Insta #vip #engulotudo

 

O que é que te deu mais auto-estima investir: o BPN ou o BES?

 BES. Maior buraco financeiro de sempre! Gosto de coisas assim, em grande! Para quê fazer uma pequena falcatrua, quando podes ser o maior escândalo financeiro da História? Além disso, o BES tem o Ronaldo a falar daqueles produtos financeiros contra a caspa. Gosto muito.

 

Onde é que penduravas os Miró?

Nas orelhas do José Rodrigues dos Santos. E assim, toda a gente podia ver as obras durante o Telejornal enquanto ele falava da taxa de ocupação dos hotéis no Algarve e das férias do Passos Coelho.

 

Estás apeado na serra de Sintra à noite: de quem preferias apanhar boleia, Dino ou Angélico?

 Dino! O gajo anda de balão! E não é daqueles de soprar para a GNR, até porque já não foi a tempo! Eh eh eh (viram este trocadilho?)

 

Uma ideia para acabar com o conflito israelo-palestiniano.

Era mandar os Cruzados para lá e matar todos os que não quisessem converter-se ao cristianismo. Isto é tudo para ver qual é a religião mais fixe, não é?

 

Carlos Cruz, culpado ou inocente?

Ainda tenho dúvidas. Acho que deviam deixá-lo apresentar o The Voice Kids como derradeiro teste. Se não houvesse balbúrdia nos camarins é porque estava inocente!

 

Se ao morreres, encontrasses o Jorge Jesus nas portas do paraíso, o que é que gostarias que ele te dissesse?

“Tás a chorare? Não fiques assim! Fica a saber que fui ao rabo a todos os jogadores do Benfica, mesmo daqueles que não gostavam! Eheheh!” – era isto. Adorava.

publicado por Cátia Domingues às 10:42
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